A Procuradoria da Bielorrússia pediu hoje uma pena de 19 anos, num julgamento "à revelia", contra a líder da oposição Svetlana Tijanovskaya, principal rival do Presidente Alexander Lukashenko, nas eleições de 2020.
Um tribunal de Minsk pediu a mesma sentença contra o opositor Pavel Latushko, enquanto para Maria Moroz, Olga Kovalkova e Sergei Dilevski - ativistas ligados ao movimento opositor a Lukashenko - pediu 12 anos de cadeia para cada um.
O procurador envolvido no caso também exigiu uma multa de 37.000 rublos (cerca de 13.900 euros) a Tijanovskaya, além de considerar Latushko inelegível para cargos administrativos pelo prazo de cinco anos.
O julgamento contra os cinco réus começou em janeiro e os opositores são acusados de diversos crimes, incluindo conspiração contra o Estado, atentados contra a segurança nacional da Bielorrússia ou divulgação de materiais para esse fim, entre outros.
Tijanovskaya afirmou-se como "líder nacional" do país depois de acusar Lukashenko de cometer "traição" ao participar na invasão russa da Ucrânia.
Em janeiro, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, tinha criticado o julgamento 'à revelia' contra os cinco opositores bielorrussos e viu neste processo um novo "abuso de poder judicial" por parte de Lukashenko.
LUSA