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Jornalista morto a tiro no sul do México, 15.º este ano

JM-Madeira

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Data de publicação
23 Agosto 2022
8:00

O jornalista e colunista mexicano Fredid Román foi assassinado na segunda-feira à tarde em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero, no sul, tornando-se o 15.º jornalista morto no país, este ano.

Román foi morto a tiro no interior do seu carro, de acordo com relatórios da polícia estatal. Quando os paramédicos chegaram ao local, encontraram, ao retirar o corpo, vários ferimentos de bala.

A Procuradoria-Geral do Estado de Guerrero informou que "pessoal ministerial e forense foi ao local para realizar a investigação correspondente, a fim de obter as provas necessárias para esclarecer os factos".

As autoridades também confirmaram que foi aberto um inquérito sobre o crime de "homicídio por arma de fogo, contra quem quer que seja responsável, em detrimento de Fredid 'N'".

Mais tarde, o Ministério Público de Guerrero indicou que uma das linhas de investigação em curso poderá estar relacionada com o homicídio do filho de Fredid Román, ocorrido em Ocotito, no mesmo município, a 01 de julho, ou seja, sem que a morte do jornalista esteja relacionada com a profissão.

Numa declaração escrita, o clube de jornalistas de Guerrero indicou que Fredid Román se tinha deslocado, nos últimos dias, à Procuradoria-Geral do estado para exigir justiça no caso de homicídio de um familiar próximo, em Ocotito.

"Exigimos que a Procuradoria-Geral da República de Guerrero investigue prontamente o assassínio (...), tal como foi apresentado pelo nosso colega perante este órgão judicial", indicou na mesma nota.

Entretanto, a Procuradoria-Geral de Guerrero afirmou estar "a realizar um trabalho de investigação e acompanhamento para esclarecer os factos, de modo a que a lei seja aplicada aos responsáveis por vários crimes".

Román escrevia atualmente a coluna La Realidad Escrita (A Realidade Escrita), publicada em meios de comunicação locais.

Anteriormente, tinha fundado o agora extinto jornal impresso La Realidad, e também editou um outro jornal, Expresión Popular, e colaborou com vários meios de comunicação social na capital de Guerrero.

Com o assassínio de Fredid Román, 15 jornalistas foram mortos em Guerrero, desde 2000 até à data.

Pelo menos 154 jornalistas foram assassinados no México, desde 2020, em crimes possivelmente relacionados com o trabalho que desenvolviam, de acordo com dados da representação no país do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Durante a atual administração do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que começou o mandato em dezembro de 2018, registaram-se cerca de duas mil agressões contra a imprensa no país, incluindo 40 homicídios, 15 neste ano.

Lusa

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