Pelo menos três palestinianos morreram e outros doze ficaram feridos hoje na sequência de disparos durante uma operação do exército de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, avançou a agência de notícias palestina Wafa.
O diretor do hospital governamental de Jenin, Wisam Bakr, identificou uma das duas vítimas levadas para o hospital como Ayser Muhamad al Amer, de 24 anos, um alegado membro do braço armado do partido Fatah, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa.
Fontes médicas disseram à Wafa que al Amer morreu já dentro de uma ambulância, acusando as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) de terem disparado contra o veículo de emergência, impedindo que chegasse ao hospital.
Mais tarde, após a retirada dos militares israelitas, os civis encontraram o corpo sem vida de um terceiro homem, Chabad al Turki.
Fontes médicas confirmaram à agência que doze jovens foram levados ao hospital com ferimentos de bala, sendo que pelo menos um está em estado grave.
Várias testemunhas indicaram à Wafa que as IDF entraram na cidade de Jenin por várias frentes, com mais de 40 veículos militares, colocando atiradores no cimo de edifícios, o que levou a confrontos violentos.
Além disso, acusaram o exército israelita de destruir ruas e infraestruturas, incluindo o principal abastecimento de água do campo de refugiados de Jenin, cujas estradas foram bloqueadas com barreiras de terra numa aparente tentativa de o isolar.
As autoridades palestinianas dizem que 109 pessoas morreram e 1.900 ficaram feridas em operações das forças israelitas ou em ataques de colonos na Cisjordânia ocupada desde 07 de Outubro.
Nesse dia, o movimento islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, impondo um cerco total a Gaza, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade e bombardeamentos que já mataram mais de 7.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
Lusa