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Israel: Funerais de vítimas do Hamas realizam-se quase todos os dias

JM-Madeira

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Data de publicação
19 Outubro 2023
12:28

Os funerais de civis assassinados pelo movimento islamita Hamas sucedem-se quase todos os dias em aldeias comunitárias judaicas do deserto do Negueve, como Revivim.

"O meu marido e o meu pai foram mortos pelas armas do Hamas", disse à Lusa Tamira Mor, no cemitério do 'kibbutz' de Revivim.

A comunidade onde decorrem hoje sete funerais de vítimas do ataque a outro 'kibbutz', o de Beer'i, fica situada a mais de quarenta quilómetros a sul da cidade de Beer Sheva, no deserto do Negueve.

Os funerais são "provisórios" e decorrem doze dias após o ataque do Hamas do dia 07 de outubro, quando terroristas atacaram o território de Israel e mataram e raptaram centenas de israelitas.

Só no 'kibbutz' Beer'i morreram 119 civis.

Os corpos dos sete 'kibbutzim' (habitantes das aldeias comunitárias judaicas) vão depois ser transferidos para o 'kibbutz' de Beer'i "quando a situação acalmar", disse à Lusa Marcelo Leite, habitante de Revivim.

"Estes são enterros provisórios até serem depois sepultados definitivamente no 'kibbutz' deles", explica o homem, 50 anos, judeu do Brasil residente em Israel há mais de duas décadas.

Na guerra do Yom Kippur, a situação foi "ao contrário", porque os corpos dos soldados que morreram nos confrontos de 1973 foram sepultados provisoriamente no Kibbutz de Beer'i antes de serem trasladados definitivamente para as aldeias onde viviam, recorda.

"Ninguém esperava isto e agora temos de nos organizar da melhor maneira possível. Nós aqui estamos mais ou menos longe [da Faixa de Gaza] mas estamos a patrulhar o kibbutz e preparados para tudo", acrescenta Marcelo.

Os dois primeiros funerais de hoje começaram às 11:00 (09:00 em Lisboa) e decorreram de forma rápida, sem a presença de qualquer entidade religiosa, de acordo com a vontade dos familiares.

Tamira, sobrevivente de Beer'i, perdeu o pai, Rafi Mordo, e o marido, Avi Mor, durante a primeira vaga da operação do Hamas contra Israel.

Na cerimónia de hoje, alguns familiares dirigiram-se aos presentes, entre os quais mais de vinte militares, que garantem a segurança do cemitério.

Até ao final da tarde vão realizar-se mais cinco "funerais provisórios" em Revivim e os responsáveis do kibbutz já mandaram abrir mais dez valas, "caso venham a ser necessárias".

"Ninguém vai ficar sozinho", diz um 'kibbutzim' local referindo-se aos mortos israelitas vítimas do Hamas.

Lusa

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