Os serviços de informações dos Estados Unidos atribuíram hoje o ataque a um hospital em Gaza a um foguete lançado pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, numa conclusão semelhante à feita pelo Governo israelita.
As autoridades norte-americanas disseram que, com base em várias provas, incluindo imagens e vídeos de satélite, chegaram à conclusão preliminar de que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, também sublinhou que a informação mostra que Israel não foi responsável pela explosão no hospital.
"Enquanto continuamos a recolher informações, a nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, vigilância eletrónica e fontes de informação abertas, é que Israel não é responsável pela explosão no hospital de Gaza", disse Watson, num comunicado, referindo-se à explosão, na noite de terça-feira, num hospital em Gaza, onde morreram várias centenas de pessoas.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel, também apoiou as alegações do Governo israelita de que a explosão no hospital foi obra da "outra parte".
Mais tarde, em resposta a uma pergunta de jornalistas sobre o que lhe dava a certeza de que Israel não estava envolvido, Biden citou informações do Pentágono.
Grupos palestinianos atribuíram a explosão de no hospital a um bombardeamento israelita, o que Israel nega.
O Exército israelita informou hoje que, na verdade, o edifício do hospital não ficou sequer destruído e que terá havido apenas uma pequena explosão no parque de estacionamento adjacente causada por um foguete do grupo palestino islâmico Jihad Islâmica, eventualmente por um erro.
O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Lusa