O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje que os responsáveis pela morte de três cooperantes do Programa Alimentar Mundial (PAM) nos combates no Sudão devem ser "levados à justiça o mais depressa possível".
Guterres "condena vigorosamente" as mortes de civis, incluindo dos três trabalhadores humanitários, acrescentou o seu porta-voz, Stephane Dujarric, em comunicado.
Na nota salienta-se que "as instalações da ONU e de outras organizações humanitárias também foram atingidas por balas e saqueadas em vários locais em Darfur".
O Conselho de Segurança da ONU irá discutir a situação no Sudão à porta fechada na segunda-feira, disseram fontes diplomáticas à agência de notícias France-Presse.
Três funcionários do PAM foram mortos no sábado no Sudão, durante confrontos entre o exército e forças paramilitares, anunciou hoje a missão das Nações Unidas no país africano.
Os funcionários do PAM "foram mortos em confrontos que irromperam em Kabkabiya, Darfur do Norte, em 15 de abril, no desempenho das suas funções", disse a missão da ONU em comunicado citado pela agência espanhola Efe.
O representante da missão no Sudão, Volker Perthes, "condenou veementemente os ataques ao pessoal da ONU" e expressou condolências às famílias das vítimas.
Perthes exprimiu "extrema preocupação" com "relatos de projéteis que atingiram as instalações da ONU" durante os combates.
Hoje foi o segundo dia consecutivo de confrontos entre o exército sudanês e uma poderosa força paramilitar, tendo como pano de fundo uma luta de poder entre os dois generais que governam o Sudão desde o golpe de Estado de 2021.
Pelo menos 56 civis foram mortos em 24 horas.
Lusa