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Governo argentino fala de baixa adesão na primeira greve geral desde 2019

Data de publicação
25 Janeiro 2024
18:20

O Governo argentino do ultraliberal Javier Milei qualificou hoje de muito baixa a adesão ao meio dia de greve geral, avançando ter-se registado um “dia praticamente normal” na quarta-feira.

Na conferência de imprensa após a reunião de conselho de ministros, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, estimou que 40 mil pessoas se mobilizaram em Buenos Aires, frente à sede do Congresso Nacional, os mesmos dados anteriormente divulgados pela ministra da Segurança, Patrícia Bullrich.

“Destacamos o funcionamento do protocolo [de segurança], as denúncias e agradecemos aos milhões de argentinos que confiaram em nós e não aderiram a esta greve, que representou 0,19% dos trabalhadores”, disse Adorni a propósito da primeira greve geral convocada no país desde 2019.

Perante estes dados, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical do país e organizador da greve geral, estimou que se mobilizaram 1,5 milhão de pessoas, das quais 600 mil em Buenos Aires.

A polícia de Buenos Aires indicou 130.000 participantes.

O governo garantiu que tudo “correu conforme planeado” e que “foi um dia praticamente normal”, tendo a mobilização durado três horas e os transportes funcionado normalmente até às 19:00 locais, pormenorizou o porta-voz.

Depois de analisar a paralisação, o executivo de Milei concluiu que teve “caráter político” e não surgiu dos trabalhadores.

Na mobilização marcaram presença representantes políticos da oposição ao governo.

O porta-voz ainda comentou a “ameaça” feita pelo líder sindical da CGT Pablo Moyano, que afirmou que “os trabalhadores e os reformados vão pegar no ministro [de Economia] para o atirar ao [rio] Riachuelo”. Para Adorni, trata-se de “pirotecnia verbal pesada”.

O ministro visado, Luis Caputo, pediu na quarta-feira à Justiça para tomar medidas.

O sindicalismo argentino já prometeu “continuar a luta” contra as reformas do governo, que procura desregular a economia e reduzir a presença do Estado ao mínimo.

Esta greve geral foi a primeira na Argentina desde 29 de maio de 2019, durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019), que chegou mesmo a confrontar-se com cinco.

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