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EUA estão a ouvir a posição ucraniana diz Volodymyr Zelensky

Data de publicação
23 Novembro 2025
21:18

O Presidente da Ucrânia disse hoje que há sinais de que a delegação norte-americana “está a ouvir” a posição ucraniana, com o secretário de Estado dos EUA a dizer que não há questões inultrapassáveis.

“É importante que haja diálogo com os representantes norte-americanos e há sinais de que a equipa do Presidente (Donald) Trump nos ouve”, afirmou o chefe de Estado no seu tradicional discurso à nação.

Depois de ser informado pela sua delegação sobre o andamento das reuniões, Volodymyr Zelensky afirmou que houve “conversas substanciais” ao longo do dia com a parte norte-americana e os parceiros europeus, representados em Genebra por responsáveis da Alemanha, França e Reino Unido.

Depois de o chefe da delegação ucraniana, Rustem Umérov, ter afirmado no Telegram que a versão atual do documento em negociação “já reflete a maioria das principais prioridades ucranianas”, Zelensky mostrou-se mais cauteloso, mas sugeriu que foram introduzidas alterações.

“Muitas coisas estão a mudar: estamos a trabalhar com muita atenção nas medidas necessárias para pôr fim à guerra”, afirmou, acrescentando que as negociações na cidade suíça “continuarão hoje, praticamente até à noite”.

Paralelamente às negociações em Genebra, Zelensky manteve conversas telefónicas com o Presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e com os primeiros-ministros do Canadá, Croácia e Luxemburgo, que “apoiam, dão conselhos e fornecem informações”.

Depois da reunião com a delegação ucraniana, o secretário de Estado norte-americano, que tem uma posição equivalente à de ministro dos Negócios Estrangeiros nos governos europeus, Marco Rubio, disse que ainda há questões pendentes relativamente ao plano de paz de 28 pontos apresentado por Donald Trump, mas “nenhum é insuperável”.

“Posso dizer-vos que as questões que continuam em aberto não são insuperáveis, apenas precisamos de mais tempo do que tivemos hoje; honestamente, acredito que chegaremos a um acordo”, disse aos jornalistas na Missão dos EUA, onde as conversações tiveram lugar.

Questionado pelos jornalistas sobre o suposto “contraplano” europeu divulgado hoje por alguns meios de comunicação, no qual se mencionava, entre outros pontos, não reduzir a força militar ucraniana de 900 mil para 600 mil soldados (como indica a proposta de Trump), mas apenas para 800 mil, Rubio afirmou não ter conhecimento da sua existência.

Reconheceu, sim, que alguns pontos do plano que afetam o papel da União Europeia ou da NATO “foram deixados de lado”.

“Acabámos de nos reunir com conselheiros de segurança nacional de vários países europeus e devemos tratar esses pontos com eles, uma vez que os afetam” disse.

“Tivemos um dia muito bom, acho que conseguimos um enorme progresso, mas obviamente, como em qualquer acordo final, terá de ser aprovado pelos presidentes e há algumas questões em que ainda precisamos de continuar a trabalhar”, acrescentou, mostrando-se relativamente flexível quanto ao tempo que a Ucrânia tem para responder, apesar do prazo inicial dado por Trump, de 27 de novembro, quinta-feira próxima.

Apesar da ausência da Rússia nos contactos em Genebra, Rubio assegurou: “os russos também têm voz aqui e, desde o início do processo, temos tido em conta a sua posição, que nos foi comunicada de várias formas”.

“[Hoje] foi o melhor dia que tivemos em dez meses de trabalho nestas questões”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, e concluiu: “é claro que, para alcançar um fim definitivo para esta guerra, a Ucrânia deve sentir-se segura e saber que não será novamente invadida ou atacada”.

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