A Venezuela registou na segunda-feira 1.288 novos casos de coronavírus, o maior número diário desde o início da pandemia de covid-19 no país, em março de 2020.
Os dados foram anunciados pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, através da televisão estatal, onde explicou que 1.278 infeções foram por transmissão comunitária.
Na últimas 24 horas, o país registou ainda 12 mortes provocadas pela doença, segundo a governante.
"Mantemos uma taxa de recuperação de 93%", disse, explicando que há "mais casos sintomáticos entre leves e moderados, e um número maior que no ano passado, em que quase todos os casos eram assintomáticos".
Citando o Presidente Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez disse que "os casos se agravam, há pressão no sistema de saúde, tanto público como privado, devido ao agravamento dos casos".
Delcy Rodríguez explicou o aumento com a "hiperatividade das variantes brasileiras" de covid-19 no país, insistindo nos cuidados nesta "segunda vaga".
"Se tiverem os sintomas, que a população já conhece (...), devem dirigir-se imediatamente ao médico, não esperar seis dias com febre, nem 15 dias com mal-estar no corpo", disse.
Em 22 de março, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou duas semanas de "quarentena radical", até depois da Páscoa, para tentar travar a propagação local da variante do novo coronavírus detetada no Brasil.
A Venezuela contabilizou 1.577 mortes e 157.943 casos de covid-19 desde o início da pandemia.
Em 02 de março de 2021, o país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, depois de ter recebido, em fevereiro, as primeiras 100 mil doses da vacina russa.
Entretanto, segunda-feira chegaram ao país mais 50 mil doses da vacina russa Sputnik V.
De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais pessoal prioritário.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.784.276 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa