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Começou julgamento dos envolvidos no escândalo designado ‘Papéis do Panamá’

Data de publicação
09 Abril 2024
8:45

O julgamento do caso designado ‘Papéis do Panamá’, relativo à divulgação de documento do extinto escritório de advocacia panamiano Mossack Fonseca, que envolveu personalidades de todo o mundo na lavagem de dinheiro, começou segunda-feira.

Oito anos depois do escândalo, dezenas de acusados, que enfrentam uma condenação de até 12 anos de prisão, proclamam a inocência, enquanto a Procuradoria exige uma pena “exemplar”.

Este julgamento está programado para decorrer até 26 de abril, depois de ter tido o início previsto para 2021.

Entre os acusados estão os advogados Jurgen Mossack e Ramón Fonseca Mora, sócios fundadores do escritório, que foi central no escândalo divulgado em 2016, quando foram divulgadas transações financeiras feitas por milhares de sociedades anónimas ‘offshore’ associadas a personalidades de 200 países e 21 jurisdições financeiras, segundo o Ministério Público do Panamá.

Além dos sócios fundadores, entre os acusados estão também funcionários do escritório, que não sobreviveu ao escândalo e fechou em março de 2018, após 40 anos de funcionamento.

A procuradora Isis Soto garantiu que o Ministério Público apresentou “provas testemunhais relevantes para a teoria do caso”, cuja investigação consta de 528 volumes, segundo a informação judicial disponibilizada.

“O Ministério Público vai pedir uma condenação exemplar”, anunciou Soto, sem mais detalhes.

A procuradora adiantou que vão ser julgadas 32 pessoas, quatro das quais à revelia, por serem estrangeiros e residirem fora do país.

Esats quatro pessoas, avançou Soto, “cometeram o crime de suborno internacional na Alemanha e fraude qualificada na Argentina”.

Os ‘Papéis do Panamá’ referem-se a 11,5 milhões de documentos revelados a partir daquele escritório de advogados com informação financeira e relações entre assessores legais sobre a abertura de contas no estrangeiro ou em paraísos fiscais para alegadamente esconder fortunas.

Com a divulgação dos documentos ficou público o envolvimento de uma dezena de líderes de países, 128 políticos e centenas de celebridades do desporto, da arte, das empresas empresários e outras áreas de mais de 200 países.

A investigação foi desenvolvida por mais de 400 jornalistas de vários países e os resultados apresentados simultaneamente por 109 meios em 76 países em abril de 2016.

A Mossack e Fonseca também foi processada no Brasil, por causa da operação ‘Lava Jato’, onde ainda aguarda a sentença.

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