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Agente israelita morto em ataque em Telavive, agressor palestiniano abatido pela polícia

JM-Madeira

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Data de publicação
05 Agosto 2023
22:35

Um agente de segurança israelita foi morto hoje em Telavive, Israel, num ataque armado perpetrado por um palestiniano, que também morreu depois de ter sido baleado por outro agente, informaram as autoridades israelitas.

O ataque ocorreu um dia depois de incidentes envolvendo colonos israelitas na Cisjordânia ocupada, com registo de vítimas palestinianas, aumentando a espiral de violência que tem dominado a região no último ano e meio.

Em comunicado, a polícia israelita esclareceu que se tratou de um "ataque a tiro" na rua Montefiore, em Telavive, uma zona rodeada de restaurantes e lojas.

"Inspetores do município de Telavive repararam num jovem que levantou suspeitas e pediram-lhe que se identificasse, altura em que o suspeito abriu fogo contra um inspetor, que ficou gravemente ferido", disse a polícia.

Uma fonte dos serviços de emergência médica confirmou que os paramédicos tinham socorrido no local o agente de 40 anos, que foi transferido para um hospital local. A mesma fonte anunciou posteriormente a morte do agente.

Durante o ataque, "um outro inspetor da cidade reagiu com determinação e conseguiu neutralizar o terrorista", declarou a polícia, antes de fontes médicas confirmarem aos meios de comunicação locais que o agressor tinha morrido devido a ferimentos de bala.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou os elementos das forças de segurança do município de Telavive por terem evitado um ataque "muito mais grave".

Numerosos elementos das forças policiais foram destacados para a zona do ataque e as autoridades apelaram aos cidadãos para que "estejam vigilantes e comuniquem tudo o que for suspeito".

A agência de segurança interna e de informações israelita (Shin Bet) declarou aos meios de comunicação locais que o autor do ataque é Kamel Abu Bakr, de 22 anos, que residia em Jenin, reduto das milícias palestinianas no norte da Cisjordânia ocupada, e era membro da Jihad Islâmica, considerada uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

Entretanto, Mahmoud Mardawi, líder do movimento radical Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, declarou que o ataque a tiro em Telavive foi "uma resposta natural à execução de dois jovens na Cisjordânia, na sexta-feira".

Qusai Jamal Matan, de 19 anos, foi morto a tiro por um civil israelita na aldeia de Burqa, perto de Ramallah, durante confrontos entre colonos judeus e aldeões palestinianos, e Mahmud Husam Abu Saan, 18 anos, foi morto a tiro pelo exército israelita durante confrontos que eclodiram no campo de refugiados de Nur Shams, perto de Tulkarem.

Israel e a Cisjordânia ocupada estão a viver a pior onda de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005).

Até agora, este ano, 173 palestinianos foram mortos em incidentes. A maioria eram atacantes ou milicianos mortos em confrontos armados com as tropas israelitas, mas também se contam os civis, incluindo 30 menores.

Este número ultrapassa os 170 palestinianos mortos em circunstâncias semelhantes durante todo o ano anterior.

Paralelamente, a zona assistiu à proliferação de novos grupos armados palestinianos, que realizam cada vez mais ataques e deixaram 28 mortos do lado israelita, a maioria colonos, cinco menores e três uniformizados.

Lusa

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