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Afeganistão: Reino Unido quer julgar talibã pelos seus atos

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Setembro 2021
17:08

A comunidade internacional deve julgar o regime talibã pelos seus atos e continuar a exercer pressão económica, política e diplomática para evitar que o Afeganistão abrigue terroristas, afirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

"Julgaremos os talibãs pelos seus atos, não pelas suas palavras, e usaremos todas os meios económicos, políticos e diplomáticos para proteger os nossos próprios países do perigo e para ajudar o povo afegão", disse, numa declaração na Câmara dos Comuns do Parlamento britânico.

Johnson defendeu que "se o novo regime em Cabul deseja reconhecimento internacional e acesso aos milhares de milhões de dólares atualmente congelados em contas no estrangeiro, então o Reino Unido e seus aliados irão exigir que cumpram a promessa de evitar que o Afeganistão se torne novamente numa incubadora do terrorismo".

O dirigente britânico entende também que a comunidade internacional deve continuar a insistir para que o novo governo afegão deixe sair do país quem desejar e respeite os direitos das mulheres e raparigas no país.

Os talibãs entraram em Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada final das forças militares norte-americanas e da NATO, que se encontravam no país desde 2001, na sequência do combate à Al-Qaida após os atentados terroristas de 11 de setembro do mesmo ano nos Estados Unidos.

O Reino Unido comprometeu-se a receber até 20 mil refugiados afegãos, tendo transportado cerca de 15.000 nas últimas semanas, aos quais prometeu um visto de residência permanente, cursos de língua inglesa gratuitos e bolsas de estudo.

LUSA

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