A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje ao presidente da Ucrânia, a proposta para apoiar o seu país, com empréstimos de 1,5 mil milhões de euros mensais, até um total de 18 mil milhões de euros, durante 2023.
Em comunicado, a Comissão Europeia (CE) informou que a conversa telefónica entre os dois dirigentes, Ursula von der Leyen e Volodimir Zelensky esteve focada em como "garantir apoio financeiro à Ucrânia nos próximos meses" devido à importância, reconhecida por ambos, de "garantir um financiamento previsível e regular o funções essenciais do Estado.
"A presidente von der Leyen informou ao presidente Zelensky que esta semana proporia um grande pacote financeiro da UE, de até 1,5 mil milhões de euros por mês, para um total de até 18 mil milhões de euros, o que contribuiria significativamente para atender às necessidades de financiamento da Ucrânia para 2023", sublinhou a CE.
Adianta ainda que o dinheiro segue para Kiev na forma de empréstimos de longo prazo em condições muito favoráveis e cobrindo os custos de juros, e o objetivo é também servir "para apoiar as reformas da Ucrânia e o seu caminho para a adesão à UE".
Os líderes dos 27 falaram na sua última reunião, há duas semanas, sobre a possibilidade de conceder esse valor mensal à Ucrânia, que os informou que precisa de aproximadamente "três mil milhões a quatro mil milhões de euros por mês", para ter "recursos suficientes para o básico."
"O pacote financeiro da UE terá de ser acompanhado por um apoio semelhante de outros grandes doadores", realçou o Executivo Comunitário, que também confirmou "trabalhos em curso" para continuar a fornecer ajuda humanitária imediata, especialmente durante o inverno, e que "a UE está pronta para apoiar a Ucrânia a longo prazo".
Além disso, a UE espera continuar o pagamento este ano da assistência macrofinanceira de nove mil milhões prometida a Kiev.
Desde o início do ano, o país recebeu um apoio total, a nível europeu, de 19 mil milhões de euros.
Na conversa telefónica, Von der Leyen e Zelensky também falaram sobre as exportações agrícolas ucranianas e o acordo sobre a Iniciativa de Cereais do Mar Negro, para continuar a permitir a saída de alimentos.
Discutiram ainda planos para expandir as capacidades das Rotas de Solidariedade UE-Ucrânia, utilizadas até agora para transportar a grande maioria das exportações agrícolas e não agrícolas ucranianas desde o início da guerra e sobre o reforço das sanções contra Moscovo pela invasão, bem como o apoio do Irão à agressão russa e as respetivas respostas.
Lusa