Atrocidades no Sudão do Sul exigem investigação internacional
A comissão criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para vigiar o respeito das liberdades fundamentais no Sudão do Sul pediu hoje a ampliação do seu mandato para poder investigar as atrocidades sistemáticas cometidas no país.
Criada em março de 2016 para verificar as violações dos direitos humanos no Sudão do Sul após três anos de guerra civil, a comissão não recebeu um mandato específico nem os recursos para uma investigação aprofundada.
Dado o registo de atrocidades em massa e a constatação de que a situação continua a degradar-se, os três membros da comissão decidiram pedir o alargamento do mandato.
“A comissão recomenda o lançamento imediato de uma investigação internacional independente, sob os auspícios das Nações Unidas, sobre os crimes mais graves, incluindo os abusos sexuais, cometidos no Sudão do Sul desde dezembro de 2013”, refere o relatório que a comissão apresentou hoje ao Conselho de Direitos Humanos.
O texto explicita que a comissão deve recolher e preservar provas de violações dos direitos humanos e de abusos da lei humanitária internacional, para as poder apresentar em qualquer instância judicial.
A comissão pede ainda a criação de um tribunal com juízes locais e internacionais para julgar e acabar com a impunidade dos culpados.
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