Puigdemont encerra campanha catalã através de videoconferência a pedir voto útil
O líder separatista catalão, Carles Puigdemont, pediu hoje, numa intervenção em direto a partir de Bruxelas e retransmitida numa centena de ecrãs espalhados pela Catalunha, o voto útil para voltar a recuperar o seu lugar de presidente da região.
“Se sou investido presidente entrarei no Palau da Generalitat [palácio do executivo catalão] acompanhado de todo o governo legítimo”, assegurou Puigdemont numa intervenção que marcou o final da campanha oficial da lista "Juntos pela Catalunha" para as eleições regionais que vão ter lugar na quinta-feira.
A intervenção em direto, apresentada como um megacomício de encerramento da campanha da lista “Juntos pela Catalunha”, foi transmitida para cerca de 100 espaços públicos na comunidade autónoma.
O comício central na praça da Virreina, não muito longe do centro de Barcelona, teve várias centenas de pessoas, a aplaudir de forma entusiástica as partes mais importantes do discurso de Puigdemont que durou 20 minutos.
Joan, um simpatizante da lista independentista, explica à agência Lusa que estas intervenções por videoconferência acabam por mobilizar poucas pessoas, visto que muitos ficam em casa e assistem à intervenção pela Internet.
Joan lamenta que o partido ERC (Esquerda Republicana da Catalunha, socialistas), que nas eleições anteriores de 2015 esteve coligado com Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) de Puigdemont, tenha decidido concorrer separadamente.
“Eles estão convencidos de que podem ser o partido mais votado, mas eu acho que se enganam”, considera Joan.
No entanto, as sondagens indicam que a ERC e o Cidadãos (constitucionalista, direita liberal) estão à frente na intenção de votos dos catalães, com cerca de 23 a 25% dos votos.
Mais atrás estão o “Juntos pela Catalunha” e o PSC (Partido Socialista Catalão, associado ao PSOE), na casa dos 15 a 20% dos votos.
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