Venezuela: Governo e oposição acordam em 4 dos seis temas em discussão

Lusa

As conversações entre o Governo venezuelano e a oposição, que estão a decorrer na República Dominicana, resultaram num acordo de quatro dos seis pontos em debate, foi hoje anunciado, sem ser especificado quais os temas já resolvidos.

"Temos trabalhado numa agenda de seis pontos. Avançámos em quatro pontos e ficam dois pendentes", disse o Presidente da República Dominicana, Danilo Medina, que está a mediar as conversações, em conferência de imprensa, hoje realizada.

Segundo Danilo Medina, as conversações entre o Governo venezuelano e a oposição, estão a decorrer num bom clima, o que é visto de maneira muito positiva, mas as conclusões só serão divulgadas no final da tarde de hoje (noite em Lisboa).

Entre as exigências da oposição (Mesa de Unidade Democrática) estão a garantia de eleições presidenciais livres e transparentes (em 2018), a abertura de um canal humanitário para minimizar os efeitos da escassez de alimentos e medicamentos, a libertação de uma centena de presos políticos e a restituição das faculdades do parlamento (onde a oposição detém a maioria).

O Governo espera chegar a um acordo para avançar com novas emissões de títulos de dívida e outras formas de financiamento.

Representantes do Governo venezuelano e da oposição estão desde sexta-feira em Santo Domingo, na República Dominicana, para retomar um processo de diálogo.

As negociações decorrem numa altura em que o Governo venezuelano é abalado por um escândalo de corrupção na empresa petrolífera estatal e a Venezuela passa por uma crise política e económica, que tem motivado apelos para a abertura de canais humanitários para alimentos e medicamentos, que o regime não tem aceitado.

Os trabalhos estão a ser liderados pelo Presidente da República Dominicana, Danilo Medina, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dominicano, Miguel Vargas, e pelo ex-chefe do Governo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero.

A reunião tem como observadores os ministros dos Negócios Estrangeiros do Chile, México, Paraguai, Bolívia, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, os últimos três a pedido do Governo venezuelano.