O Papa Francisco, de 86 anos, teve alta hospitalar esta manhã, dia 1 de abril, e à saída conversou com os jornalistas.
O líder da igreja Católica estava internado há três dias no hospital Gemelli, em Roma na sequência de uma infeção respiratória.
O Papa deverá, assim, participar na celebração da eucaristia do Domingo de Ramos já amanhã.
À saída do hospital, o santo padre cumprimentou os fiéis, que se encontravam junto a esta unidade médica, conforme demonstra a imagem.
A saída foi acompanhada por várias das equipas de reportagem presentes no local, tendo Francisco conversado durante alguns minutos com os jornalistas e outras pessoas que ali esperavam, após sair do carro que o transportava.
O Papa assinou o gesso de uma criança, com o braço partido, e abençoou algumas pessoas que se aproximaram dele, visivelmente emocionado.
O Vaticano informou que Francisco "abraçou um casal de pais, que perdeu a sua filha na última noite, parando para rezar com eles".
A alta médica tinha sido anunciada na sexta-feira de manhã e confirmada, horas depois, após a equipa médica ter "avaliado o resultado dos exames efetuados", com uma evolução clínica favorável.
Num esclarecimento aos jornalistas, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou que, estando programada a saída do hospital e o regresso à Casa de Santa Marta, onde reside, Francisco vai marcar presença "na Praça de São Pedro, para a celebração eucarística do Domingo de Ramos, Paixão do Senhor" (2 de abril).
No Vaticano foram visíveis, ao longo dos últimos dias, os preparativos para a Missa que dá início à Semana Santa, agendada para as 10h00 (horas locais, menos uma em Lisboa) deste domingo.
O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice publicou hoje o livro da celebração; como tem acontecido nos últimos meses, devido às limitações de mobilidade de Francisco, por causa do problema num joelho, haverá um cardeal que celebra a Missa no altar.
O calendário anunciado pela Santa Sé, na última semana, prevê que o Papa presida, na Quinta-feira Santa (6 de abril), à Missa Crismal (09h30) na Basílica do Vaticano, concelebrada pelos patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos e presbíteros (diocesanos e religiosos) presentes em Roma.
Tal como em anos anteriores, o calendário oficial não adiantava o local escolhido para a Missa da Ceia do Senhor, com o rito do lava-pés, a que Francisco preside habitualmente fora do Vaticano - em 2022, celebrou na prisão de Civitavecchia, arredores de Roma, numa visita privada à cadeia.
A Sexta-feira Santa conta com duas cerimónias: a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica do Vaticano, pelas 17h00; e a tradicional Via-Sacra no Coliseu de Roma, a partir das 21h15.
A Vigília Pascal vai ser celebrada na Basílica de São Pedro, pelas 19h30 de sábado.
A Missa de Domingo de Páscoa está marcada para as 10h00, na Praça de São Pedro, antes da Bênção ‘urbi et orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo).
Na tarde de quarta-feira, o Vaticano informou que o Papa, de 86 anos de idade, se vinha queixando de "dificuldades respiratórias", situação que o levou fazer exames médicos.
Dois dias depois, o Hospital Gemelli precisou que, "no âmbito dos exames clínicos programados ao Santo Padre, foi detetada uma bronquite de base infeciosa, que exigiu a administração intravenosa de terapia antibiótica, a qual produziu os efeitos esperados, com uma nítida melhoria do estado de saúde".
Esta foi a segunda passagem de Francisco pelo 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli, onde já esteve internado de 4 a 14 de julho de 2021, após uma intervenção cirúrgica ao cólon.
Esta instituição de saúde acolheu, em várias ocasiões, ao Papa João Paulo II, a última das quais em 2005, pouco antes da sua morte, a 2 de abril.
Romina Barreto / Agência Ecclesia