O exército sul-africano será destacado no âmbito de uma abordagem multidisciplinar para lidar com os protestos convocados pelo líder de oposição radical, Julius Malema, na próxima segunda-feira, anunciou hoje o Governo sul-africano.

"Abordagem de combate à medida que aplicamos a lei em resposta a qualquer violação da lei através da implantação da Polícia de Ordem Pública em conjunto com outra unidade especializada. Neste caso, a SANDF [Forças Armadas Sul-Africanas] está de prontidão e participará caso a situação no terreno exija que a SANDF exerça o seu papel secundário de apoio à SAPS [Polícia Sul-Africana]", anunciou a estrutura operacional e de informação conjunta nacional (NatJoints, na sigla em inglês).

"A segurança também será reforçada em todos os nossos portos de entrada - terra, mar e ar", adiantou.

O NatJoints, que integra vários departamentos governamentais, é liderado pela Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF), a Agência de Segurança do Estado (SSA) e a Polícia Sul-Africana (SAPS).

O destacamento dos militares do exército foi também confirmado hoje pelas forças armadas sul-africanas.

"Os elementos da SANDF serão destacados sob a 'Operação Prosper' de 17 de março de 2023 a 17 de abril de 2023 e serão controlados através da Estrutura Operacional e de Inteligência Conjunta Provincial (ProvJoints) com direção e orientação da Estrutura Operacional e de Inteligência Conjunta Nacional (NatJoints) em conformidade, aguardando a reavaliação da situação", referiu à imprensa sul-africana.

A polícia sul-africana afirmou hoje que os protestos, que começaram na manhã de hoje com ações de bloqueio de estradas e pneus queimados em Joanesburgo e na cidade portuária de Durban, sudeste do país, vão além de um protesto e são uma tentativa de derrubar o Governo do Presidente Cyril Ramaphosa.

Os protestos foram convocados para a próxima segunda-feira pelo partido de esquerda radical Economic Freedom Fighters (EFF), na oposição, liderado por Julius Malema, ex-líder da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994 na África do Sul.

Lusa