MADEIRA Meteorologia

ONU exige ao M23 que se retire das áreas que ocupa na RDCongo

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
09 Dezembro 2022
18:41

A Organização das Nações Unidas exigiu hoje ao Movimento 23 de Março (M23) que cesse as hostilidades e se retire das áreas que ocupa no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo).

O M23 já anunciou que aceita cessar as hostilidades e retirar-se das áreas que ocupa se lhe for permitido entabular negociações de paz diretas com Kinshasa, que as rejeita na fórmula exigida pelos rebeldes.

A exigência da ONU foi feita pelo representante especial das Nações Unidas para o país, Bintou Keita, durante uma reunião no Conselho de Segurança, onde todos os Estados-membros manifestaram a sua preocupação com a situação naquela zona do nordeste da RDCongo.

Keita manifestou-se esperançado nos resultados da cimeira realizada em Angola em 23 de novembro para reduzir as graves tensões diplomáticas entre a RDCongo e o Ruanda, país que Kinshasa acusa de apoiar os rebeldes.

Kigali nega esse apoio, apesar de um relatório de um especialista da ONU, a que a imprensa teve acesso em agosto, confirmar essa ligação.

Na cimeira de Luanda, o Presidente da RDCongo, Felix Tshisekedi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Vincent Biruta - em representação do Presidente Paul Kagame -, exigiram a cessação das hostilidades do M23 a partir de 25 de novembro e a sua retirada dos territórios sob seu controlo.

Para a ONU, este deve ser o primeiro passo, insistiu Keita, que alertou que a situação de segurança no nordeste da RDCongo piorou "drasticamente" nas últimas semanas, depois de o M23 retomar as suas operações de combate em outubro.

O diplomata referiu-se, entre outras coisas, às supostas atrocidades cometidas pelos rebeldes no final de novembro em duas aldeias da região, onde pelo menos 131 civis - incluindo 12 crianças - foram mortos num alegado ataque de retaliação, segundo uma investigação preliminar da ONU.

"Os responsáveis ??por estas e outras atrocidades contra a população civil devem ser processados ??nacional ou internacionalmente", defendeu Keita, que também alertou para a a crise humanitária que continua a agravar-se como resultado da ofensiva do M23.

O leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército há mais de duas décadas, apesar da presença de uma grande missão de paz das Nações Unidas (Monusco), e nos últimos meses houve vários protestos a exigir a saída dos ‘capacetes azuis’ do país, semelhantes aos de outros países africanos com missões da ONU.

Lusa

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o seu grau de satisfação com a liberdade que o 25 de Abril trouxe para os madeirenses?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas