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UE/Cimeira: Borrell destaca "dia importante" para Balcãs Ocidentais com encontro na região

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Dezembro 2022
14:51

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, destacou hoje o "dia importante para os Balcãs Ocidentais", quando é realizada a primeira cimeira na região, garantindo que o bloco comunitário está "fortemente empenhado" com os seis países.

"Este é um dia importante para os Balcãs Ocidentais. É a primeira da União Europeia [UE] que tem lugar nos Balcãs Ocidentais e, do nosso lado, estamos fortemente empenhados na região para a apoiar a enfrentar as consequências da guerra", declarou Josep Borrell.

Organizada para reafirmar a importância do alargamento do bloco a esta região, esta cimeira decorre no contexto da guerra na Ucrânia e da crise energética e um mês depois o bloco comunitário ter anunciado um pacote de mil milhões de euros em subvenções para ajudar os Balcãs Ocidentais a enfrentarem as consequências imediatas dos elevados preços da energia, que será agora formalizado.

"Os preços da eletricidade subiram muito e vamos dar um importante apoio financeiro às famílias", apontou Josep Borrell à imprensa.

Falando sobre as tensões entre a Sérvia e o Kosovo, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política Externa falou num "momento importante", dado que "a disputa sobre as placas [de licença] está terminada e eles têm de dialogar".

"Têm realmente de se envolver no diálogo com a proposta que coloquei em cima da mesa como facilitador [do Diálogo Belgrado-Pristina], com o forte apoio da Alemanha e da França. A última versão do texto foi enviada ontem [segunda-feira] para Belgrado e hoje para o Kosovo e, agora, eles têm de embarcar em discussões - em discussões sérias - porque este é um momento em que há uma grande oportunidade", adiantou Josep Borrell.

Belgrado nunca reconheceu a secessão do Kosovo em 2008, proclamada na sequência de uma guerra iniciada com uma rebelião armada albanesa em 1997 que provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses, e motivou uma intervenção militar da NATO contra a Sérvia em 1999, à revelia das Nações Unidas.

O Kosovo independente foi reconhecido por cerca de 100 países, incluindo os Estados Unidos, que mantêm forte influência sobre a liderança kosovar, e a maioria dos Estados-membros da UE, à exceção da Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre.

A Sérvia continua a considerar o Kosovo como parte integrante do seu território e Belgrado beneficia do apoio da Rússia e da China, que à semelhança de dezenas de outros países (incluindo Índia, Brasil ou África do Sul) também não reconheceram a independência do Kosovo.

Para o bloco comunitário, a normalização das relações entre a Sérvia e o Kosovo é condição indispensável para uma potencial adesão.

A UE tem vindo a desenvolver uma política de apoio à integração progressiva dos países dos Balcãs Ocidentais.

Em 2013, a Croácia tornou-se o primeiro país dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, sendo que o Montenegro, a Sérvia, a Macedónia do Norte e a Albânia são oficialmente países candidatos.

Entretanto, foram iniciadas negociações e abertos procedimentos de adesão com o Montenegro e a Sérvia, enquanto a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são candidatos potenciais à adesão.

LUSA

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