Presidente regional nacionalista flamengo sem agenda com Puigdemont

O presidente da região belga da Flandres, Geert Bourgeois, do partido nacionalista N-VA, não tem qualquer reunião agendada com o presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, segundo disseram hoje fontes do partido à EFE.

“Não está marcada nenhuma reunião com o nosso ministro-presidente”, segundo fontes do partido nacionalista Flamengo, citadas pela EFE.

Puidemont está a caminho de Bruxelas numa viagem com objetivo desconhecido.

O Ministério Público espanhol apresentou hoje acusações contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.

O procurador-geral do Estado espanhol, José Manuel Maza, anunciou que a acusação contra o presidente catalão destituído, Carles Puidgemont, e o seu governo foi apresentada junto da Audiência Nacional, enquanto a acusação contra Carme Forcadell e os membros da mesa foi dirigida ao Supremo Tribunal.

O gabinete do primeiro-ministro belga, Charles Michel, escusou-se a comentar a viagem do presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, a Bruxelas, para presumivelmente se reunir com os nacionalistas flamengos do N-VA, segundo a impressa belga.

De acordo com o tablóide La Dernière Heure, Puigdemont está a caminho de Bruxelas para uma presumível reunião, a título privado, com os nacionalistas flamengos do N-VA, liderados por Bart De Wever, sem adiantar qualquer pormenor sobre o local e hora do encontro.

No domingo, o secretário de Estado do governo federal para as Migrações e Asilo, Theo Francken – que pertence ao NVA – tinha declarado a uma televisão flamenga que Puigdemont pode pedir asilo político na Bélgica.

“Pode colocar-se a questão de se saber se [o presidente catalão destituído] tem direito a um processo justo”, acrescentou.

Estas declarações valeram a Francken uma ‘reprimenda’ de Michel, que lhe pediu para “não deitar achas na fogueira”.

O parlamento regional da Catalunha aprovou na sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.

Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo para aplicar o artigo 155º. da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.

O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou no sábado a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.