A França repatriou hoje 35 menores de nacionalidade francesa e 16 mães que estavam em campos de prisioneiros no nordeste da Síria, anunciou num comunicado o Governo francês.
Os menores serão colocados sob a guarda dos serviços sociais franceses e terão acompanhamento médico, enquanto as suas mães serão postas à disposição das autoridades judiciais, explicou a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França.
Estes cidadãos franceses fazem parte ou são familiares de um grupo que viajou para a Síria e o Iraque para lutar nas fileiras do movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).
De acordo com várias organizações não-governamentais (ONG), cerca de 200 crianças francesas e várias mães destas estão em dois campos de prisioneiros no nordeste da Síria, para onde foram levados após o EI ter sido derrotado. Muitos dos pais destas crianças foram mortos em combate ou estão na prisão.
O retorno de menores e das suas mães está a ser retardado em vários países europeus, que tentam evitar a transferência de possíveis terroristas ‘jihadistas’ para os seus territórios, estudando cada caso detalhadamente.
As ONG francesas de direitos humanos estimam que, até agora, apenas 35 crianças francesas tenham sido repatriadas, a última em janeiro de 2021.
Estas organizações de direitos humanos acrescentaram que outros países europeus estão a ser mais rápidos do que a França na resposta à terrível situação humanitária dos menores nesses campos.
Redação