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Posse de 64 novos deputados dá maioria a xiitas pró-Irão no parlamento iraquiano

JM-Madeira

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Data de publicação
23 Junho 2022
18:17

Sessenta e quatro novos deputados tomaram hoje posse no parlamento do Iraque para substituir os que se demitiram, do movimento de Moqtada Sadr, tornando uma coligação de partidos xiitas pró-Irão a maior força no hemiciclo iraquiano.

O Iraque está num impasse político desde as eleições de outubro de 2021, não tendo os partidos xiitas, maioritários, conseguido chegar a acordo sobre um novo chefe de Governo para o país.

A crise acentuou-se a 12 de junho, com a demissão dos 73 deputados do movimento do clérigo xiita Moqtada Sadr, com o propósito de assim protestar contra a inércia.

Na sequência dessa demissão coletiva, os candidatos que se classificaram em segundo lugar nas legislativas herdaram os assentos parlamentares deixados vagos.

No total, 64 desses novos deputados tomaram hoje posse numa sessão extraordinária, noticiou a agência de notícias francesa AFP.

Dos 73 lugares vagos, 40 couberam a membros do Quadro de Coordenação, pelo que esta coligação dispõe agora de cerca de 130 dos 329 da Assembleia, segundo um cálculo da AFP, já que não foram divulgados quais números oficiais pelos serviços do parlamento iraquiano.

Esta maioria relativa dá ao Quadro de Coordenação um peso maior no processo de nomeação do novo primeiro-ministro que o Iraque aguarda desde as legislativas, realizadas há mais de oito meses.

O incontornável Moqtada Sadr foi o grande vencedor desse escrutínio e envolveu-se então num braço-de-ferro com os seus adversários do Quadro de Coordenação, que representam o outro polo do xiismo político iraquiano.

Aliado a forças sunitas e curdas, Moqtada Sadr pretendia quebrar a tradição que queria que todas as forças xiitas formassem um "Governo de consenso". Sadr queria um "Governo maioritário", o que teria empurrado o Quadro de Coordenação de volta para a oposição, o que não se concretizou.

Mas a demissão dos seus deputados não representa uma retirada completa de Moqtada Sadr, considerou o politólogo Hamzeh Hadad, que alerta para a possibilidade de "instabilidade, sobretudo se os ‘sadristas’ não obtiverem cargos no executivo".

Por falta de uma maioria clara e de acordo, o parlamento falhou três vezes desde o início do ano a realização da eleição do Presidente da República, primeira etapa antes da nomeação do primeiro-ministro e da formação do Governo. Todos os prazos estabelecidos na Constituição foram já ultrapassados.

LUSA

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