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Parte de foguetão da SpaceX colide com a Lua no início de março

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Janeiro 2022
8:20

Parte de um foguetão da SpaceX, lançado há sete anos, está em rota de colisão com a Lua e deverá atingir o satélite natural da Terra no início de março, anunciaram hoje especialistas, citados pela AFP.

Conforma avança a agência France-Presse (AFP), especialistas recalcularam a trajetória do que resta do foguetão Falcon 9, da fabricante aeroespacial liderada por Elon Musk, e concluíram que deverá colidir com o lado oculto da Lua, em 04 de março.

O Falcon 9 foi usado em 2015 para orbitar um satélite de observação climática da Terra, o Deep Space Climate Observatory (DSCOVR).

Desde então, a parte usada para impulsionar o foguetão tem andado a flutuar no espaço, numa órbita a que os matemáticos chamam de "caótica", segundo o astrónomo Bill Gray, que descobriu a nova trajetória daquele pedaço de lixo espacial.

O objeto passou muito perto da Lua, no início de janeiro, mas mudou a sua órbita, detalhou o responsável pelo "Projeto Plutão", um ‘software’ que permite calcular as trajetórias de asteroides e outros objetos.

Uma semana depois, o especialista conseguiu observar novamente os restos do foguetão e percebeu que a colisão com a Lua deverá acontecer no dia 04 de março.

Depois de apelar à comunidade de astrónomos amadores para que fizessem novas observações, os dados foram confirmados, sendo que a hora e o local precisos ainda podem mudar (em minutos e quilómetros), mas a colisão é certa.

"Tenho rastreado lixo espacial como este há cerca de 15 anos e este é o primeiro impacto lunar não intencional" detetado, adiantou o astrónomo.

O impacto da colisão daquele objeto, que pesa aproximadamente quatro toneladas, não será visível da Terra, no momento do choque, mas deve causar uma cratera que poderá ser observada por cientistas.

A maioria das vezes, após o lançamento, a parte usada para dar impulso aos foguetões separa-se e volta a entrar na atmosfera terrestre, caindo no mar.

No entanto, conforme explicou Bill Gray, estes impactos lunares não planeados podem multiplicar-se, no futuro, devido aos objetos que serão deixados a vaguear no espaço pelos programas lunares americanos ou chineses.

Lusa

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