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Covid-19: Merkel lamenta as 100 mil mortes na Alemanha e pede mais restrições

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Novembro 2021
16:53

A chanceler alemã cessante, Angela Merkel, afirmou hoje que o país vive "um dia muito triste" por ter ultrapassado as 100 mil mortes por covid-19, e apelou a que sejam adotadas mais restrições para conter a pandemia.

A agência alemã de controlo de doenças divulgou hoje ter registado 351 mortes causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, elevando o número total de mortes para 100.119 desde o início da pandemia.

Com este aumento, a Alemanha tornou-se o quinto país da Europa a ultrapassar essa marca, a seguir à Rússia, ao Reino Unido, à Itália e à França.

"É claro que é um dia muito triste quando lamentamos 100 mil vítimas [mortais] do coronavírus", disse Merkel numa conferência de imprensa realizada em Berlim.

"E, infelizmente, a cada dia somam-se mais 300 mortes" a esse valor, acrescentou.

A líder alemã, que ocupa atualmente o cargo até à tomada de posse do seu sucessor, advertiu que ainda se vão registar centenas de mortes.

As mortes "estão, muito claramente, ligadas ao número de infeções registadas", referiu, admitindo que "não se sabe qual é a média de pessoas que não sobrevive a esta doença".

O Instituto Robert Koch, uma agência federal que recolhe dados de cerca de 400 delegações regionais de saúde da Alemanha, avançou que o país estabeleceu um novo recorde diário de casos nas últimas 24 horas, ao contabilizar 75.961 novas infeções.

A Alemanha soma, desde o início da pandemia, mais de 5,57 milhões de casos confirmados de covid-19.

"A situação é muito séria porque ainda estamos em crescimento exponencial e porque as pessoas que vemos a adoecer hoje são basicamente os pacientes que vão estar nos cuidados intensivos daqui a 10 ou 14 dias", disse Merkel.

A chanceler alemã saudou ainda o anúncio feito na quarta-feira pelos três partidos que vão integrar o futuro governo de coligação de criar um grupo permanente de especialistas para aconselhar as autoridades sobre a forma como lidar com a pandemia.

Embora o número de infeções diárias seja maior do que o observado durante a última vaga registada no inverno, atualmente há menos mortes diárias por casos confirmados.

Os especialistas argumentam que isso se deve à vacinação, que reduz a probabilidade do desenvolvimento de doença grave ou morte.

Ainda assim, os hospitais alertam que as camas das unidades de cuidados intensivos estão a esgotar-se, já que quase 4.000 já estão ocupadas por doentes com covid-19.

Alguns hospitais no sul e no leste do país começaram a transferir pacientes para outras regiões.

A Força Aérea alemã colocou dois aviões especializados em evacuação médica de prontidão para transportar pacientes das unidades de cuidados intensivos para regiões onde ainda existem camas livres.

Ao mesmo tempo, o Governo apelou às pessoas que foram vacinadas há mais de seis meses para receberem uma dose de reforço, e às que não foram vacinadas a que tomem a primeira injeção.

Segundo as autoridades sanitárias, 68,1% dos 83 milhões de habitantes da Alemanha estão totalmente vacinados, muito abaixo do nível mínimo de 75% que o Governo tinha estabelecido como meta.

O líder social-democrata (SPD), Olaf Scholz, apontado como futuro chanceler e sucessor de Merkel, pediu na quarta-feira que a vacinação se torne obrigatória em lares de idosos que cuidam de pessoas particularmente vulneráveis e deixou em aberto a possibilidade de estender a medida a outras pessoas.

A covid-19 provocou pelo menos 5.173.915 mortes em todo o mundo, entre mais de 258,92 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A Europa ultrapassou hoje a barreira das 1,5 milhões de mortes associadas à covid-19 e vários países do continente estão a repor as restrições para tentar travar as contaminações recorde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Lusa

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