Os Estados Unidos impuseram na segunda-feira sanções contra dois membros da junta militar de Myanmar (antiga Birmânia), que se juntam a dez militares anteriormente sancionados por Washington.
O objeto das novas sanções são o general Maung Maung Kyaw e o tenente-general Moe Myint Tun, de acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano.
Ao abrigo da medida, os bens que os dois militares possam ter nos Estados Unidos são bloqueados, sendo proibidas quaisquer transações com estes.
Na nota, os EUA afirmaram que vão continuar a trabalhar com os aliados na região e em todo o mundo "para exercer pressão sobre os militares e a polícia birmaneses".
"Os militares devem inverter as suas ações e restaurar urgentemente o governo democraticamente eleito na Birmânia [Myanmar], ou o Departamento do Tesouro não hesitará em tomar novas medidas", indicaram, no mesmo comunicado, as autoridades norte-americanas.
Estas sanções seguem-se às impostas em 11 de fevereiro contra dez oficiais birmaneses, incluindo o comandante das Forças Armadas, general Min Aung Hlaing, que liderou o golpe militar que levou à deposição do governo eleito de Aung San Suu Kyi.
Hlaing tem presidido à junta militar que governa o país desde o golpe de Estado.
Recorde-se que a 1 de fevereiro, o exército prendeu a chefe do governo civil birmanês, Aung San Suu Kyi, o Presidente Win Myint e vários ministros e dirigentes do partido governamental, proclamou o estado de emergência e colocou no poder um grupo de generais.
Lusa