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Jornadas Madeira: "Investimos 31 milhões de euros por ano na agricultura"

JM-Madeira

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Data de publicação
20 Abril 2023
13:00

Humberto Vasconcelos foi o último orador protocolar da IV edição das Jornadas Madeira 2022/2023, projeto promovido pelo JM, em parceria com a Assembleia Legislativa da Madeira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santana.

O secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural falou com propriedade do tema em debate, precisamente aquele que confere a denominação da sua secretaria, com essa ‘vantagem’ de ter já ouvido intervenientes dos mais diversos quadrantes, privado e público, técnicos e políticos, nomeadamente algumas das reivindicações de Dinarte Fernandes,

Para Humberto Vasconcelos iniciou a sua alocução para enaltecer a resiliência do povo e tecido empresarial madeirense, nomeadamente na pandemia, pessoalizando esse tributo em Octávio Freitas e o seu empreendimento na Calheta.

"Quando iniciamos este projeto há oito anos foi com uma estratégia e hoje estamos a discutir projetos totalmente distintos que que era há oito anos", sendo esta uma constatação da evolução e significativas melhorias, que, de resto deram o mote para a sua intervenção.

"Há oito anos falar de embalagens era impossível, e hoje estamos a falar de pormenores importantes para conferir mais qualidade ao produto", conforme exemplificou.

Nas reações quilo que foi ouvindo ao longo da manhã, retificou que "só exportamos aquilo que não produzimos aquilo que não consumimos aqui. Este ano não há exportação de anona, por exemplo. Só exportamos depois de garantir o consumo interno", registou, reconhecendo que "temos que aumentar ainda mais a produção regional".

Recordou que são injetados "todos os anos 31 milhões de euros" na agricultura, entre os dois programas, Proderam e Posei, pelo que "o setor agrícola é fortemente apoiado"

Nas críticas, deu um exemplo de que "as pessoas querem é confusão" OU seja, "vi aqui três pessoas da ABAM, que viriam discutir a banana, mas como não iriam ficar na mesa de honra, foram-se embora", pegando por aqui neste setor, No seu entendimento, "se, há setor que está bem organizado, em que as pessoas estão a ganhar dinheiro é o da banana. Em 2009 produzia 8,6 milhões de euros, em 2022 produziu 21 milhões, com garantia de preço, garantia de escoamento".

No essencial dos objetivos associados ao setor da agricultura está também "criar emprego, recuperar património e fixar as pessoas" e, de acordo com Humberto Vasconcelos, "isso está sendo conseguido" anunciando que no próximo quadro irá haver maior equilíbrio entre os organismos que gerem as costas norte e sul, na análise de apoios. "No próximo quadro vamos aumentar verbas do norte e igualar à do sul" outra vez com esse propósito de continuar a apoiar "aqueles que que mais precisam para se fixar".

Outra reação levou o secretário regional a reconhecer que "é verdade que a água vai do norte para a Calheta", mas esclareceu que "o que ali está a ser feita não é para agricultura, é agua para energia elétrica e depois a agricultura vem a aproveitar indiretamente", lembrando, sim, que "na a zona do Espigão, no Pedregal, está a fazer-se um túnel para armazenar água na zona do Campanário que tem muita pressão agrícola".

Esclareceu ainda que "nem toda a água que vai para a ribeira é desperdiçada, há pessoas que o dizem, mas não é bem assim. Há muitas nascentes que se fazem pelo percurso natural de uma ribeira que beneficia centenas de pessoas".

Toucou ainda que "na formação e apetência dos jovens para a agricultura, se há governo que pegou na formação foram estes dos últimos oito anos", apontando ainda os novos projetos para Santana. Neste capítulo, recuperou a parceria com a UMa para a sementeira que ali vai nascer, num centro de investigação.

Outro projeto, "a oficina de laticínios, com produção de queijo de ovelha e cabra, mais uma atratividade que irá reforçar o lugar de Santana no mapa", lembrando que os "procedimentos demoram um bocadinho, mas as vezes quando de demora surgem coisas com mais carinho", lançando ainda na equação "a sidraria em São Roque"

Humberto Vasconcelos partilhou ainda as certificações, "temos hoje produtos certificados, um conjunto de produtos certificados".

A Tânia Freitas, assegurou que "não queremos de volta a pecuária de 1962", altura em que havia "muita agricultura, mas muita miséria. Nesse tempo era uma pecuária era de subsistência, e é por isso que os jovens olham para esse filme de 1962 e dizem que não querem ser escravos".

David Spranger

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