Face ao rol de críticas que Olga Fernandes, deputada do PS, teceu à políticas do Governo Regional, falando no êxodo emigratório, Rui Barreto optou por intervir já nas Jornadas Madeira, na Ribeira Brava, mesmo antes da sua oratória protocolar.
O secretário regional da Economia deixou implícito que a análise da socialista é meramente de âmbito político, garantindo que Miguel Albuquerque nunca convidou ninguém a emigrar, conforme acusara a deputada do PS.
"É preciso ver o que era a Madeira e todo o percurso que foi feito no pós-25 de Abril", nessa altura sim, que "obrigou muita gente a partir, para depois voltar e construir as suas casas cá", danod mesmo o exemplo do seu avô, no cocnelho de Santana.
Nessa fase, "não havia infraestruturas, a taxa de analfabetismo era de 60%, nem havia eletricidade..."
Hoje, relevou Rui Barreto, "há um desenvolvimento sustentado, com criação de perspetivas de futuro", numa atualidade em que "87% dos jovens termina o ensivo obrigatório e destes 92% segue para o ensino superior, acedendo a uma qualificaçáo que, naturalmente, lhes cria expetativas com perspetiva diferente da dos nossos antepassados".
"A emigraçãoo hoje é distinta da que aconteceu há quatro décadas, a emigração de hoje é por oportunidade, porque vivemos num mundo global", exaltou Rui Barreto, lembrando os 27 países europeus onde não é necessário sequer passaporte ou a infindável lista de rotas diretas a partir do Aeroporto da Madeira.
No destaque dessa mesma evolução, Rui Barreto relevou ainda que foi todo aquele percuros que permitiu, "sem fazer grande barulho, integrar rapidamente 10.000 luso-venezuelanos que vieram para a Madeira".
David Spranger