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Fórum JM: Paulo Pereira defende mais capital e investimento produtivo nas empresas

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Data de publicação
19 Dezembro 2022
11:53

"A economia tem de crescer no sentido da produtividade. As empresas têm de aumentar os cada vez menos trabalhadores disponíveis têm de produzir mais. Para que tal aconteça só há uma solução: mais capital e investimento produtivo nas empresas".

Afirmação de Paulo Pereira, presidente da Ordem dos Economistas da Madeira, no Fórum JM, o qual considera que a solução não é fazer "elefantes brancos pela ilha e pelo País todo", mas sim colocar "cada um dos colaboradores de cada empresa e do Estado a fazer mais com o mesmo tempo".

"Não geramos capital na Madeira porque temos uma economia muito pequena e com uma taxa de fiscalidade elevada. (…) Temos de atrair capital estrangeiro e acarinhar a geração de capital cá, porque o pouco que se cria tem de ser preservada", nota.

No caso específico do desemprego, o economista considera que haverá uma mudança estrutural. "Ou seja, vamos ter de ir muito atrás. Nós estamos com uma mudança demográfica brutal na Madeira. No mundo todo, na Europa e na Madeira especificamente. E parece-me que poderemos estar a viver uma mudança estrutural na nossa economia em que o desemprego, o emprego esta a se desacoplar do comportamento da economia. Ou seja, independentemente dos ciclos económicos serem bons ou maus o desemprego vai tender a ser baixo, porque estão já a faltar pessoas e as que estão a ficar estão a ficar velhas", nota.

Paulo Pereira entende que aquilo que a economia exige neste momento, a demografia não está a dar. "Podem dar as medidas que quiserem para começarem a nascer miúdos. Isso demora gerações a funcionar", afirma.

Nesse sentido, o economista recordou um estudo do INE que demonstra três cenários, sendo que no pior deles, "é que a população da Madeira em 2080 será um terço da atual, portanto, vamos perder dois terços da população. E isso já está a acontecer", considera.

"Portanto, o grande desafio que isto cria é que vamos ter mais pessoas a precisar trabalho de braçal (…) Eu acredito que vai haver uma pressão muito grande para o aumento do custo dos salários".

Portanto, quanto aos desafios de 2023, Paulo Pereira considera que o desemprego "tenderá a ser estruturalmente baixo", sendo que se não for tratada a questão dos aumentos salariais no dito trabalho de "braçal" "ele vai encontrar mercado internacional ele vai embora e os poucos que vão ficando se não forem remunerados vão embora. Portanto, será muito desafiante", nota.

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