Merícia Bettencourt, presidente do Conselho Diretivo da Escola Superior de Enfermagem S. José de Cluny, afirmou, na sua intervenção nas Jornadas Madeira, que decorrem hoje em Câmara de Lobos, que as instituições de ensino superior sabem o que é trabalhar com orçamentos apertados.
"Sabemos o que é lidar com carências e ultrapassar obstáculos", notou, felicitando-se, no entanto, pelo facto de não registar uma elevada taxa de abandono dos alunos, que continuam a suportar as propinas.
A este propósito, destaca o apoio do Governo Regional, que com o contrato-programa estabelecido ajuda a baixar os custos para os alunos e as famílias madeirenses.
Mais destacou o papel das instituições de ensino superior, defendendo que estas têm de responder às necessidades das sociedades, missão a qual acredita que tem sido cumprida, como foi demonstrado durante o período pandémico.
"É preciso ler o futuro", alertou, observando ainda que é necessário que estes estabelecimentos se preparem para atrair os alunos já licenciados para que se especializem em novas áreas e que continuem a apostar na investigação.
Respondendo à docente, o secretário regional Jorge Carvalho subscreveu as declarações proferidas, reiterando a necessidade de não se ter uma visão linear da educação, dado que mesmo depois de concluída a formação superior, é possível que os alunos retornem a estes estabelecimentos para alargarem a sua formação.
Sobre a investigação, asseverou que esta é uma forma de valorizar as instituições. "Se a instituições têm um papel na transmissão do conhecimento validado, estas instituições também têm a responsabilidade de responderem aos desafios com a produção de mais conhecimento", afirmou.
Edna Baptista