Debate JM: Nova ETAR do Funchal provoca nova discórdia
A ETAR do Funchal e todo o processo envolvente, com avanços e recuos, com diferentes posições entre Governo e Câmara Municipal, foi também chamada ao debate. Calado fala num processo interminável, Gouveia diz que em 2013 nem projeto havia.
Pedro Calado diz que tudo poderia ter sido bem diferente. “Aquilo que o Governo Regional não permitiu foi que fosse construída no Liceu, seria um atentado e não podíamos patuar com isso, rebentar o pavilhão do Funchal para ali construir uma ETAR”.
Depois, “quando avançaram para o Lazareto, o Governo foi avisando que havia risco de perder fundos”. Depois, “acabamos por aprovar a cedência de terrenos no Lazareto, é um projeto para decisivo para o Funchal e não podia ter ficado tanto tempo em banho maria”, lamentou Pedro Calado, considerando que “durante todo este tempo as redes estão saturadas”, refletindo-se na qualidade de vida dos funchalenses.
Miguel Silva Gouveia contraia esta leitura, em toda a linha.
“Passou 22 anos de governo do PSD desde que se levantou esta necessidade de uma nova ETAR sem nunca mexer uma palha”, ripostou. “Nem projeto havia quando chegamos”, assegurou
No exercício ainda daquilo que está em prática, “quando lançamos um concurso publico baixamos fortemente o valor de mercado do que era feito, de 1,2ME para 400 mil”, com Miguel Gouveia a constatar que “havia proteção ao empresário”.
Disse ainda que “ao contrário do que foi dito, os terrenos não foram cedidos pelo Governo, pelo contrário foi a Câmara que teve que fazer essas expropriações pelo Governo”.
Quanto às caraterísticas da ETAR a construiu, referiu que “não era no pavilhão, era no subsolo do campo de futebol e apenas com um andar da altura”, aqui aproveitando para deixar já uma farpa a Calado: “não eram 1.500 estacionamentos na Praça do Município, com 15 andares no subsolo”.