Crédito malparado de empresas e famílias recua no 2.º trimestre de 2018 na Madeira
Os rácios de crédito vencido das sociedades não financeiras e das famílias recuaram face ao trimestre anterior, enquanto os depósitos bancários mantiveram-se estáveis.
De acordo com a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), no final do 2.º trimestre de 2018, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras recuou para os 1,6 mil milhões de euros, reduzindo-se 150 milhões de euros face ao final de junho de 2017 e 80 milhões comparativamente a março de 2018.
O rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,6 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, fixando-se nos 17,8% no final do período de referência, sendo que em relação ao trimestre homólogo, houve um aumento de 0,3 p.p..
A nível nacional, o rácio de crédito vencido decresceu 0,3 p.p. face a março de 2018, atingindo os 12,6% no final do 2.º trimestre de 2018.
O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 288 milhões de euros (-26 milhões de euros que em março passado).
Neste sector institucional, a DREM destaca ainda a percentagem de devedores com crédito vencido, que na RAM se fixou nos 25,4% no 2.º trimestre de 2018, o valor mais baixo desde o final de 2010. No país, e na mesma data, este rácio era de 22,4%.
No sector das famílias, assiste-se a uma redução de 31 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos que se cifrava, em junho de 2018, nos 2,9 mil milhões de euros. Quando comparado o saldo do final do 2.º trimestre de 2018 com o do trimestre precedente, a DREM observa que a queda foi mais ligeira (cerca de menos 7 milhões de euros).
Do mesmo modo, o rácio de crédito vencido no sector institucional das famílias desceu para os 4,7% - o valor mais baixo dos últimos 5 anos - tendo para o efeito contribuído ambos os segmentos (“habitação” e “consumo e outros fins”).
A redução face ao trimestre anterior foi de 0,2 p.p., enquanto, comparativamente a junho de 2017, esse decréscimo foi de 0,7 p.p.. O montante de crédito malparado neste sector atingia em junho de 2018 os 137 milhões de euros (menos 7 milhões de euros que em março de 2018).
"O fenómeno do crédito malparado é mais acentuado no crédito para “consumo e outros fins” (11,1%) que no segmento da “habitação” (3,2%). A nível nacional, o rácio de crédito vencido nas famílias fixou-se em 3,9% no trimestre em análise, tendo recuado 0,3 p.p. face ao período anterior", diz a DREM.
Comparativamente ao país, os rácios de crédito vencido no segmento de “habitação” e no “consumo e outros fins” são superiores na RAM em 0,5 p.p. e 2,5 p.p., respetivamente.
Foram contabilizados 102,9 milhares de devedores do sector institucional famílias no final do 2.º trimestre de 2018, um aumento de 1,6 milhares face ao mesmo período do ano transato.
Àquela data, cerca de 48,1 mil devedores possuíam crédito à “habitação” e 86,4 mil, crédito para “consumo e outros fins”.
Por sua vez, os depósitos e equiparados de particulares (incluindo emigrantes) nos estabelecimentos bancários regionais atingiam, no final de junho de 2018, 4,5 mil milhões de euros, valor semelhante ao observado no fim de março passado.
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