Consumo de materiais diminui 1,7% em 2016 e aproxima-se da média europeia
O consumo interno de materiais diminuiu 1,7% em 2016, apesar do crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e aproximou-se da média da União Europeia (UE), divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os resultados provisórios da Conta de Fluxos de Materiais (CFM) para o ano de 2016, esta evolução traduziu-se num aumento da produtividade associada à utilização de materiais (de 3,3%), “reforçando uma tendência crescente de desmaterialização iniciada em 2009” e “significando um uso mais eficiente dos materiais extraídos do ambiente”.
Segundo o INE, a diminuição no consumo de materiais em contexto de crescimento da economia (dissociação) não era observada desde 2010.
Em 2016, Portugal registou assim um consumo interno de materiais per capita de 14,8 toneladas, tendo-se aproximado da média europeia (de 13 toneladas) e registando uma melhoria da posição relativa no ranking da UE28.
Portugal passou de 21.º país com menor consumo em 2000 para 17.º em 2016.
A CFM pretende retratar, em termos de fluxos de materiais, a relação da economia nacional com o ambiente natural e com o resto do mundo, permitindo avaliar se o crescimento económico é obtido através de um uso mais eficiente dos materiais extraídos do meio ambiente (desmaterialização) ou de uma utilização mais intensa de materiais.
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