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Governo dos EUA ameaça banir TikTok se rede social continuar nas mãos de grupo chinês

JM-Madeira

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Data de publicação
16 Março 2023
8:50

O Governo norte-americano pediu à proprietária do TikTok, a empresa chinesa ByteDance, que venda as suas ações na popular rede social para que não seja banida dos Estados Unidos, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ).

Há anos que os Estados Unidos manifestam as suas reservas contra a muito popular plataforma de vídeos de curta duração, vista como uma ameaça à segurança nacional por muitas autoridades.

Um relatório da Insider Intelligence divulgado no início do mês apontou que o TikTok, que já superou o YouTube, Twitter, Instagram e Facebook no tempo de utilização por adultos norte-americanos, persegue agora a Netflix.

Estas estatísticas mostram a importância do TikTok nos Estados Unidos, onde possui mais de cem milhões de utilizadores.

Mas a sua ligação à ByteDance preocupa as autoridades norte-americanas, que temem que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública.

O TikTok nega estas intenções há anos, mas as tensões entre os dois países e, recentemente, a passagem de um alegado "balão-espião" chinês sobre os EUA, fizeram regressar os apelos para que a postura norte-americana permaneça firme contra a China.

Segundo fontes do WSJ, o ultimato da Casa Branca foi feito pelo Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), órgão governamental responsável por avaliar os riscos de qualquer investimento estrangeiro para a segurança nacional norte-americana.

O Governo e o Tesouro dos EUA recusaram-se a confirmar a informação e o TikTok não reagiu de imediato a um pedido de resposta da agência France-Presse (AFP).

O TikTok, que tem promovido muitos esforços para tranquilizar os políticos e o público norte-americano sobre a sua integridade, contava com esta agência federal para encontrar um meio-termo.

"A maneira mais rápida e eficaz de abordar estas preocupações (...) é o CFIUS adotar o acordo no qual estamos a trabalhar com eles há quase dois anos", tinha destacado um porta-voz do TikTok no final de fevereiro.

O representante do TikTok reagia na altura a um projeto de lei apoiado pelos republicanos que daria ao Presidente Joe Biden autoridade para banir completamente a rede social do país.

A Casa Branca determinou recentemente que as agências federais devem assegurar que o TikTok esteja fora dos dispositivos móveis oficiais dos seus funcionários, depois da sua proibição ter sido aprovada em lei no final de dezembro.

Vários estados e instituições académicas norte-americanas tomaram medidas semelhantes.

A empresa armazena dados de utilizadores dos EUA em servidores localizados no país, mas já admitiu que os funcionários sedeados na China tiveram acesso a estes, embora sob uma estrutura rígida e limitada, recusando que os dados tenham chegado ao Governo chinês.

No verão de 2020, o ex-Presidente Donald Trump assinou várias ordens executivas na tentativa de banir a plataforma.

Depois, a sua já considerável popularidade explodiu graças à pandemia de covid-19, atingindo além do seu público original, os adolescentes.

Lusa

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