O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou hoje que a greve dos tripulantes da TAP devia ser evitada e é "muito impopular" numa altura em que o Estado "continua a meter dinheiro na companhia".
Miguel Albuquerque afirmou que a greve, prevista ocorrer entre quarta-feira e 31 de janeiro, vai "custar 60 milhões de euros aos contribuintes", defendendo que, "nesta situação, em que o Estado continua a meter dinheiro na companhia", a paralisação é "muito impopular".
"Acho que era importante evitarmos esta greve", salientou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao campo de golfe do Palheiro Ferreiro, nas zonas altas do concelho do Funchal.
"Isto parece uma brincadeira, mas uma brincadeira que custa muito dinheiro ao país. Nós estamos a falar de montantes que deveriam ser aplicados na educação e na saúde e que teriam muito mais utilidade", disse o chefe do executivo regional (PSD/CDS-PP), referindo-se aos 3,2 mil milhões de euros de ajudas do Estado à TAP.
Miguel Albuquerque acrescentou que "ainda bem" que operam na Madeira outras companhias privadas.
"Se não estávamos bem arranjados. […] Eu próprio tenho uma deslocação na quarta-feira e já mudei de companhia […]. Ainda bem que temos alternativa", sustentou.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas antes de terminar a assembleia geral dos tripulantes de cabine da TAP, na qual aqueles trabalhadores decidiram desconvocar a greve.
Segundo fonte oficial do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), os tripulantes de cabine decidiram aceitar a proposta da TAP e desconvocar a greve marcada para o período entre quarta-feira e 31 de janeiro.
Na visita de hoje ao campo de golfe, Miguel Albuquerque anunciou que o executivo vai impermeabilizar a lagoa principal, que abastece toda aquela a infraestrutura, bem como os regantes da zona.
Segundo o presidente do executivo madeirense, a obra será candidatada ao próximo quadro comunitário e está estimada em cerca de dois milhões de euros.
LUSA