TAP disponível para cobrar 86 euros aos passageiros e receber o resto do Estado

Miguel Silva

A notícia avançada hoje na edição impressa do JM está a despertar a atenção do setor e de clientes

A disponibilidade da TAP para receber dos passageiros apenas o valor da tarifa de residente ou de estudante, ficando o resto por acertar com o Estado, está a despertar atenção da parte dos operadores e de clientes que querem saber mais sobre o assunto. O mesmo acontece em termos políticos, conforme apurou o JM já esta manhã.

O nosso jornal revela hoje, na edição impressa, que a administração da companhia aérea está disponível para receber apenas a parte das passagens que cabe residentes nas viagens de e para Lisboa. O remanescente, até ao valor total da tarifa, seria depois assegurado pelo Estado.

A medida, que está ainda a ser negociada e carece de alteração legal do regime de mobilidade, vai ao encontro do que defendem muitos consumidores e também alguns operadores. É ainda semelhante ao que agora propõe o PSD na Assembleia da República. No entanto, não terá o mesmo entendimento da parte de outras entidades, a começar pelo próprio Estado e outras companhias como a easyJet.

O modelo agora admitido pela TAP faria com os que os madeirenses tivessem ainda uma maior vantagem na compra de viagens para Lisboa. Ou seja, em vez de pagarem o valor integral dos bilhetes e esperarem pelo reembolso, pagariam apenas o valor da tarifa de residente que é de 86 euros, ou de 65 euros em caso de estudantes.

O atual modelo de subsídio de mobilidade - desenhado já pelo governo de Miguel Albuquerque sob a orientação de Eduardo Jesus – está agora a ser renegociado em Lisboa. Há três propostas na Assembleia da República (PS, PSD e BE) e há grupos de trabalho a pensar na melhoria do modelo, cuja revisão está bastante atrasada.