Na entrevista ao jornal Público, o CEO da companhia explica as vantagens de viagens mais baratas. Garante que hoteleiros, taxistas e guias já sentem esse efeito na Madeira.

Eddie Wilson recorda, na entrevista ao Público, o investimento de 185 milhões de euros para assegurar a operação agora iniciada na Madeira e garante que esse investimento e a abordagem que a companhia se propõe fazer na Região vão ajudar em muito a economia do arquipélago.

"Pergunte aqui, na Madeira, aos taxistas, aos restaurantes, guias turísticos, hotéis, Aibnb, o que uma low cost traz para a economia", sugere o presidente executivo ao jornalista madeirense Márcio Berenguer, que assina a entrevista feita a semana passada no Funchal. E acrescenta: "Low cost é acerca de entregar passageiros e nós entregamos passageiros, porque somos mais eficientes. Os preços são baixos e as pessoas chegam com mais dinheiro para gastar", afirma o homem que a semana passada esteve na Madeira envergando o típico barrete de vilão madeirense.

O CEO da Ryanair promete para a Madeira o mesmo que a companhia já está a fazer pelo Porto, onde a TAP tem sido muito criticado. "A TAP não fez nada pelo Porto. Somos a principal companhia e o Porto tornou-se um centro de investimento de turismo. Uma porta de entrada para os portugueses que trabalham em França. Antes tinham de vir a conduzir, porque não conseguiam vir na TAP, e agora voam na Ryanair por 9,99 euros, 19,99 euros… esse tipo de valor."

Na mesma entrevista, lembra que a Madeira "é um destino de todo o ano" e volta a alertar para o que fez noutros aeroportos do País. "Nós transformámos o Porto. Criámos uma indústria de turismo que não existia. Em Faro, também. Promovemos o Algarve até no Inverno. Em Ponta Delgada, o mesmo."

Miguel Silva