Albuquerque

A PrediFunchal sentiu grandes dificuldades no início da pandemia mas o setor mostrou-se bastante resiliente e, a nível de dados de volumes de negócios, a empresa chegou a ultrapassar o ano passado, conforme disse o representante da empresa. Os principais clientes continuam a ser os residentes mas há muitos estrangeiros que estão a procurar a Madeira para fixar casa, ainda mais do que antes da pandemia. Depois, há o mercado tradicional que tem a ver com o emigrante, o qual é também um grande motor das vendas.

A PrediFunchal, que marcou presença no salão Imobiliário de Lisboa, pediu, ontem, a Albuquerque para que se faça um evento semelhante na Região. Desafio que o presidente do Governo Regional considerou fácil de concretizar.

Miguel Albuquerque, que se fez acompanhar da presença do secretário regional de Economia à visita à PrediFunchal, localizada em frente ao Forum Madeira, disse aos jornalistas que o setor imobiliário foi dos que mais resistiu à crise dacovid-19 e vai fechar o ano com um volume de negócios de mais de 400 milhões de euros. Agora, Miguel Albuquerque quer ouvir as empresas no sentido de se melhorar as componentes no setor que tem duas. “Uma delas é o setor residencial (estamos a constatar que houve uma subida de preços do imobiliário, o que é natural face ao crescimento exponencial) e isso vai obrigar a conjunto de políticas no sentido de promovermos habitação a custos controlados para a classe média e para a classe jovem”, explicou o presidente do Governo. Albuquerque considera que é preciso contrariar o que aconteceu em Lisboa e no Porto (em que os jovens tiveram de ir viver para as periferias).

Por outro lado, o chefe do Executivo madeirense diz que é preciso auscultar empresas e perceber como é que se articula os vistos gold, por exemplo. Referiu que a Madeira tem a vantagem de poder vir a ser um destino maisprocurado com o desaparecimento dos vistos gold no Porto e em Lisboa. Miguel Albuquerque adiantou que será importante promover o Porto Santo para residentes de alto rendimento. “É importante estimular e auscultar as imobiliárias no sentido de saber o que temos de fazer para tratar aquela ilha mais atrativa”, adiantou o governante madeirense.

 Carla Ribeiro