No território continental, tal como a ACIF defendeu esta manhã para a Região, também a Confederação do Turismo de Portugal veio hoje a público defender a integração de um Plano de Recuperação do Turismo Português no Plano de Recuperação e Resiliência, apresentando um conjunto de contributos para o PRR 2021-2026.
Num plano de análise geral ao PRR, a CTP lamenta que o documento defenda um investimento desproporcionado em projetos públicos cujo a análise de custo benefício não é clara e que poderá aumentar o peso do Estado, em detrimento do apoio ao tecido empresarial e à capacidade e competências instaladas de uma economia que se pretende mais robusta e competitiva.
A CTP defende, ainda, que o Turismo está necessitado, no imediato, de um conjunto de medidas, salientando, entre outras:
- Alargamento do lay-off simplificado a todas as empresas do Turismo, independentemente da sua dimensão, com perda de faturação relativamente ao ano de 2019 e, cumulativamente, a continuação das medidas de apoio ao emprego até, pelo menos, ao final do ano de 2021.
- Reforço de a dotação financeira do Programa APOIAR.
- Extensão do Programa APOIAR Rendas à vertente não habitacional e aos espaços de centros comerciais.
- Alargamento dos apoios à mitigação dos custos fixos das empresas turísticas.
- Criação de instrumentos viáveis para a prorrogação das moratórias fiscais e financeiras.
- Apoio às empresas exportadoras de serviços turísticos, com afetação de dotação específica.
- Capitalização das empresas do Turismo, fazendo uso das medidas já previstas no PEES - Programa de Estabilização Económica e com recurso a fundo perdido.
- Lançamento de campanha internacional de promoção que retome os níveis de segurança e confiança no destino Portugal.
David Spranger