Portugal colocou hoje 1.500 milhões de euros, igual ao montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses, com os juros a descerem para mínimos de sempre, foi anunciado.
Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 12 meses foram colocados 750 milhões de euros em BT à taxa de juro média de -0,522%, mínima de sempre e inferior à registada em 16 de setembro, quando foram colocados 1.250 milhões de euros à taxa de juro média de -0,497%.
A seis meses foram colocados hoje 750 milhões de euros em BT à taxa média de -0,554%, mínima de sempre, que compara com a verificada também em 16 de setembro, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,520%.
A procura atingiu 1.910 milhões de euros para os BT a 12 meses, 2,55 vezes o montante colocado, e 1.480 milhões de euros para os BT a seis meses, 1,97 vezes o montante colocado.
A IGCP tinha anunciado para hoje dois leilões de BT com maturidades informou que as maturidades em 16 de julho de 2021 (cerca de seis meses) e em 21 de janeiro de 2022 (cerca de 12 meses) com um montante indicativo global de entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões de euros.
Sublinhando que em ambos os leilões foram fixadas "as taxas mais baixas de sempre para ambas as maturidades", Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, considera que "este novo mínimo histórico mostra bem o suporte que o Banco Central Europeu tem vindo a dar a todos os países através do seu programa de compra de ativos".
"Esta tendência deve manter-se pelo menos enquanto tivermos a situação atual com as economias tão debilitadas e a necessitar de um constante suporte por parte dos governos e Bancos Centrais", adiantou Filipe Silva.
Lusa