A Ryanair anunciou hoje que vai reduzir ainda mais a sua programação de voos, ao ponto de admitir não voar da Irlanda e Reino Unido, em resposta à adopção pelos governos de medidas mais restritivas para combater o alastramento da covid-19.

Os dados avançados pela companhia 'low cost' apontam para uma quebra de passageiros neste primeiro trimestre de 91,7% ou de 24,75 milhões para 2,25 milhões, uma vez que indica que este mês deverá ficar abaixo de 1,25 milhões de passageiros transportados. Segundo a Ryanair, os números poderão ainda ficar em meio milhão tanto em fevereiro como em março, quando em 2020 teve 10,8 milhões em janeiro, 10,5 milhões em fevereiro e 5,7 milhões em março, quando se começou a fazer sentir o impacto da pandemia.

A Ryanair, que critica fortemente a ação do governo irlandês em relação à covid-19, indica que informou hoje os mercados das medidas adicionais que vai tomar, assinalando, contudo, que apesar da dimensão do corte não antevê agravamento "material" da perda que antevê para o final do exercício 2020/2021, a 31 de março, porque "muitos desses voos [que suprime] teriam sido deficitários".

A informação de hoje da companhia indica que a sua previsão é de terminar o exercício de 2021 (entre 1 de abril de 2020 a 31 de março de 2021) entre 26 milhões e 30 milhões de passageiros transportados .