Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 2.º trimestre de 2023, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 2,0 mil milhões de euros, menos 51,1 milhões de euros (-2,5%) que no final de junho de 2022 e mais 18,7 milhões (+1,0%) que em março de 2023.
O rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,4 pontos percentuais (p.p.) face a junho de 2022, fixando-se nos 2,2% no final do período de referência, sendo que, comparativamente ao final do trimestre anterior, não houve alterações. A nível nacional, o rácio de crédito vencido manteve os 2,1% face ao trimestre anterior (março de 2023) , tendo decrescido 0,1 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 2,1% no final do 2.º trimestre de 2023. O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras, com sede na Região, situava-se, no período em referência, nos 44,4 milhões de euros (+2,3 milhões de euros que em março passado e -8,5 milhões de euros face a junho do ano anterior).
No final de junho de 2023, o número de devedores do sector não financeiro situava-se nos 5,0 mil (valor que se mantém desde 31/01/2023), inferior, contudo, ao registado no mesmo período do ano anterior (5,3 mil), equivalendo a uma quebra homóloga de 5,7%.
A percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos, no final de junho de 2023, era de 15,1%, situando-se este valor a acima da média nacional (14,3% no mesmo período). Comparativamente aos trimestres anterior (-0,5 p.p.) e homólogo (+0,5p.p.), a evolução verificou-se em sentido oposto.
No sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a um aumento de 22,0 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se este nos 3,1 mil milhões de euros, no final do 2.º trimestre de 2023. Quando comparado o saldo com o do trimestre precedente observa-se uma descida, de cerca de 2,8 milhões de euros. Se se detalhar a análise, verifica-se que 72,1% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 27,9% restantes, ao consumo e outros fins.
Relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassavam os 7,3 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,3%, mantendo-se, deste modo, o mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em março de 2009. Esta percentagem está a par da verificada a nível nacional (0,3%). Entre junho de 2022 e junho de 2023, o rácio de empréstimos vencidos da habitação reduziu-se em 0,2 p.p. na Região.
O número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF decresceu face ao trimestre anterior para os 100,8 mil, sendo que estavam contabilizados, no final do 2.º trimestre de 2023, cerca de 43,4 mil devedores com crédito à habitação e 84,4 mil com crédito para consumo e outros fins.