A RAM registou, no conjunto dos mercados externos (residentes no estrangeiro), a entrada de 551,7 mil hóspedes, que originaram cerca de 3,1 milhões de dormidas, traduzindo um aumento de 5,9% e de 2,8% face ao mesmo período de 2024, respetivamente.
Segundo a Direção Regional de Estatística, a Grande Lisboa foi a região que apresentou, em termos de dormidas, maior dependência dos mercados externos (83,2% do total), seguida pela RAM (80,1%) e pela Região Autónoma dos Açores (76,6%). Em sentido contrário, foi no Alentejo e no Centro que as dormidas de não residentes apresentaram menor dependência dos mercados externos (30,7% e 36,1%, respetivamente).
Neste trimestre, entre os três principais mercados estrangeiros emissores, apenas o mercado francês registou um acréscimo nas dormidas face ao trimestre homólogo, de 9,0%, com os mercados alemão (-1,6%) e britânico (-3,1%) a evoluir em sentido contrário. Já o mercado de residentes em Portugal (19,9% do total) apresentou uma variação positiva mais significativa, de 46,8%, superando, no mesmo período, os valores da Alemanha (16,3% do total), do Reino Unido (15,0%) e da França (9,1%), posicionando-se como o principal mercado deste destino. Importa salientar que estes quatro principais mercados concentraram mais de metade das dormidas (60,3%) no 3.º trimestre de 2025.
Funchal concentra 55,8% das dormidas
Ao nível municipal, salienta-se que Câmara de Lobos, Santa Cruz e Ponta do Sol foram os municípios que, em termos de dormidas, apresentaram maior dependência dos mercados externos (residentes no estrangeiro), com 90,6%, 89,8% e 89,4%, respetivamente. Já o Porto Santo destaca-se por registar a maior percentagem de dormidas de residentes no País, representando 81,3% do total, no 3.º trimestre de 2025.
O município do Funchal evidencia-se por concentrar 55,8% das dormidas da Região, totalizando cerca de 2,1 milhões de dormidas no 3.º trimestre de 2025, o que corresponde a uma variação homóloga positiva de 4,5%.
No maior município da RAM, as dormidas de residentes em Portugal cresceram 63,2%, enquanto as de residentes no estrangeiro registaram uma diminuição de 3,3%. O segundo município com maior número de dormidas foi Santa Cruz, com 11,3% do total regional, contribuindo com 433,7 mil dormidas no 3.º trimestre de 2025, o que representa um aumento de 8,2% face ao período homólogo.
Neste município, as dormidas de residentes no estrangeiro cresceram 5,4%, enquanto as de residentes em Portugal aumentaram 41,5%.
Entre os onze municípios da Região, destaca-se ainda Machico, com um crescimento nas dormidas de 82,0% face ao 3.º trimestre de 2024. Este aumento foi impulsionado por uma subida de 207,0% no mercado de residentes em Portugal e por um acréscimo de 68,4% no mercado de residentes no estrangeiro.
No 3.º trimestre de 2025, a taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região foi de 75,6%, o que representa um aumento de 1,5 pontos percentuais (p.p.) face ao mesmo período de 2024 (74,1%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 85,6%, valor superior aos 84,3% registados no 3.º trimestre de 2024.
No trimestre em análise, os proveitos totais e os proveitos de aposento registaram subidas homólogas de 17,2% e 17,9%, totalizando 285,6 milhões de euros e 210,4 milhões de euros, respetivamente.
Com crescimentos sucessivos desde o 2.º trimestre de 2021, a evolução das dormidas evidencia duas fases distintas: entre este período e o 1.º trimestre de 2023, os aumentos foram muito expressivos; a partir daí, tornaram-se mais moderados, mas relativamente estáveis. De facto, desde o 2.º trimestre de 2023, os incrementos nas dormidas oscilaram entre os 5,7% (3.º trimestre de 2024) e os 10,0% (4.º trimestre de 2024). No 3.º trimestre de 2025, este valor quase que atingiu o máximo, com uma taxa de variação de 9,3% nas dormidas.
RevPAR fixou-se em 124,05 euros (+15,1%)
No 3.º trimestre de 2025, o RevPAR (rendimento médio por quarto disponível) do conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) fixou-se em 124,05 euros, traduzindo um aumento de 15,1% face ao período homólogo e constituindo o terceiro valor mais elevado entre as nove regiões NUTS II.
No sector da hotelaria, o RevPAR atingiu os 133,41 euros (+14,7% de variação homóloga).
Quanto ao ADR (rendimento médio por quarto ocupado), os valores foram mais elevados, totalizando os 145,00 euros no conjunto do alojamento turístico (+13,3% que no período homólogo) e os 150,47 euros na hotelaria (+13,0%). Os valores mais elevados do RevPAR e ADR registaram-se na categoria hotéis de 5 estrelas, com 194,58 euros (+11,8% que no 3.º trimestre de 2024) e 227,80 euros (+11,1%), respetivamente. Na segunda posição destacaram-se as pousadas e quintas da Madeira, com 173,95 euros e 196,74 euros, pela mesma ordem, explana a DREM.