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Empresa burlada em 26 milhões de dólares com inteligência artificial em Hong Kong

Data de publicação
04 Fevereiro 2024
21:55

Uma empresa multinacional foi roubada em quase 26 milhões de dólares, numa fraude baseada na tecnologia “deepfake”, que cria vídeos com recurso a inteligência artificial, anunciou hoje a polícia de Hong-Kong.

Naquele que foi dos primeiros casos na cidade, os autores da fraude usaram a tecnologia para se fazerem passar por um dos quadros da empresa.

Um “deepfake” é uma gravação de vídeo, ou de áudio, produzida ou modificada com recurso a inteligência artificial. A técnica tem o potencial de gerar desinformação, sendo por exemplo possível colocar pessoas a dizer coisas que realmente nunca disseram, ou substituir as caras das pessoas, sempre de forma tão perfeita que é difícil detetar-se o engano.

Um empregado de uma empresa num centro financeiro chinês recebeu “chamadas por videoconferência de alguém que se fazia passar por um quadro superior da sua empresa e que lhe pedia para transferir dinheiro para determinadas contas bancárias”, disse a polícia citada pela agência de notícias AFP.

A polícia recebeu um relatório sobre o incidente a 29 de janeiro, altura em que cerca de 26 milhões de dólares (24 milhões de euros) já tinham sido perdidos através de 15 transferências.

“As investigações ainda estão em curso e até à data não foram efetuadas quaisquer detenções”, afirmou a polícia, sem revelar o nome da empresa.

De acordo com os meios de comunicação social de Hong Kong, a vítima trabalhava no departamento financeiro e os criminosos fizeram-se passar pelo diretor financeiro da empresa, com sede no Reino Unido.

Um oficial superior da polícia, Baron Chan, disse que a videoconferência envolveu vários participantes, mas todos, exceto a vítima, estavam a fingir ser outras pessoas.

“Os criminosos encontraram vídeos e áudios disponíveis publicamente na rede YouTube e depois utilizaram a tecnologia ´deepfake´ para imitar as vozes... para enganar a vítima e fazê-la seguir as suas instruções”, disse Baron Chan aos jornalistas.

Os vídeos ´deepfake´ eram pré-gravados e não envolviam qualquer diálogo ou interação com a vítima, acrescentou.

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