O 50.º Congresso das Academias do Bacalhau, evento organizado pela Academia do Bacalhau de Caracas que se realizou em Punta Cana, na República Dominicana, terminou hoje num ambiente marcado por alguma contestação.

O Compadre-presidente da Academia do Bacalhau Mãe, Rogério Nascimento, expressou ao JM o seu desapontamento relativamente àqueles que preconizaram e insistiram na realização deste congresso em Punta Cana e que optaram, inexplicavelmente, pelo não comparecimento, considerando que esta situação "é no mínimo lamentável, para não dizer censurável".

"No ato de abertura do Congresso, apenas 7 dos 55 presidentes das Academias estavam presentes. Depois da boa vontade e esforço feitos pela Academia de Caracas, não é aceitável que esses elementos precursores da realização do Congresso em Punta Cana tenham tomado esta atitude pautando-se pela ausência", acrescentou o responsável.

"Eu havia proposto que o 50.º Congresso fosse realizado em Joanesburgo. A minha proposta foi posta à discussão, não consegui a anuência, e foi então decidido que o congresso fosse confiado à Academia de Caracas, mas, com a condição de ser realizado em Punta Cana, devido às condições de segurança precárias evocada pelos apologistas para que fosse aqui realizado nesta cidade da República Dominicana", observou depois Rogério Nascimento.

"É do conhecimento de todos que para a realização dos congressos tem de existir um revezamento, ou seja, África, Europa e Américas. Os Compadres e Comadres respeitam e aceitam isso", sublinhou.

O Compadre-presidente da Academia das Academias foi perentório em afirmar que "realmente esperava mais compadres das academias neste congresso", explicando, contudo, que "valeu a pena".

"Estou feliz como decorreu e que aproveito esta oportunidade para dizer que no próximo congresso, na Cidade do Cabo, na África do Sul, os compadres se lembrem daquilo que fizeram à Academia de Caracas. E se realmente acharem que a Cidade do Cabo é idêntica a Caracas, então, não devem comparecer no Congresso e nem fazerem parte do grupo de Academias, constituído por pessoas bem-fazer, e não para aproveitarem as Academias para outros propósitos que pessoalmente lhes convêm. Temos de estar presentes em todo o lado, em África, Europa e Américas", afirmou.

O JM procurou aceder ao resumo e/ou relatório de conclusões e decisões tomadas no congresso mas tal informação não foi disponibilizada.