Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, em representação de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, esteve na cerimónia de abertura das Festas Santíssimo Sacramento 2023, em New Bedford.
Uma presença que, conforme desatacou em declarações à imprensa local, é um "sinal de reconhecimento" por tudo aquilo que a comunidade madeirense, especialmente naquele estado, tem feito ao longo de mais de 100 anos.
"A nossa presença aqui é para demonstrar que esta festa é a maior da comunidade madeirense no mundo", apontou, revelando aquela que é a mensagem que Miguel Albuquerque procurou transmitir a todos os emigrantes e que se traduz em apenas três palavras: "Em primeiro abraçar, porque é isso que fazemos quando encontrámos a família; a segunda é agradecer por tudo aquilo que tem sido feito; e a terceira é continuar a incentivar e apoiar esta iniciativa".
Até porque, conforme sustentou, "onde existe um madeirense, existe rigor e responsabilidade, trabalho e valores".
Governante incita emigrantes a investirem na Madeira
Na ocasião, Pedro Ramos referiu, também, que o intuito é o de dizer aos emigrantes que podem investir na Madeira, a qual "tem vindo a emergir no pós-pandemia com uma economia forte e uma posição geoestratégica" no Atlântico. "Podem voltar para a Madeira, podem imigrar. A Madeira precisa que continuem o investimento. É essa a nossa aposta para as próximas gerações e o sinal mais forte e representativo dessa força e dessa robustez encontra-se na nossa Diáspora espalhada pelo mundo inteiro", reforçou.
Questionado pelos jornalistas sobre os desafios na Saúde, o secretário regional destacou o "patamar de excelência" que a Saúde e a Proteção Civil atingiram na Região face a Portugal continental.
"Não temos tido os problemas do Sistema Nacional de Saúde porque tivemos uma atitude essencial que foi respeitar os profissionais", notou, lembrando os quatro eixos essenciais que sustenta o desenvolvimento da Madeira no pós-pandemia e que fazem parte do plano de desenvolvimento social do PEDES, sendo o primeiro a capacitação e valorização dos profissionais de saúde; o segundo a melhoria da acessibilidade do diagnóstico do tratamento; o terceiro a adaptação às novas tecnologias; e o quarto eixo que foca a importância que o cidadão tem para desenvolver e contribuir para a sua saúde.
Já no que concerne aos desafios da Saúde em território madeirense no futuro, Pedro Ramos afirma que são essencialmente responder às alterações climáticas; acompanhar o desenvolvimento tecnológico; do ponto de vista clínico assegurar a cobertura de 100 por cento os cuidados de saúde primários (atualmente é 90 por cento); e manter a operacionalização e diferenciação dos cuidados hospitalares.
"Temos de pensar num sistema de saúde do Atlântico"
O titular da pasta da Saúde recordou ainda que, neste momento, a Região opera os doentes cardíacos dos Açores, assim como casos de AVC, dando ainda apoio às grávidas de risco daquele arquipélago.
"Mas nós também precisámos dos Açores (...). Este novo intercambio que se está a ser criado no Atlântico é que nos leva a pensar que temos de pensar num Sistema de Saúde do Atlântico para todos, para 3 milhões de habitantes - Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde", observou.
A finalizar, o governante deixou ainda uma mensagem especial: "É um orgulho ver aquilo que as comunidades espalhadas pelo mundo têm feito, enaltecendo o contributo que têm dado nas Regiões onde estão inseridos", rematou.