Faltam duas jornadas para o final da I Liga e é quase certo que Rodrigo Pinho não vai voltar a jogar pelo Marítimo. O melhor marcador da equipa continua lesionado, embora realizando trabalho específico no relvado, e tudo indica que o avançado vai falhar os dois jogos que os verde-rubros têm para travar até ao final do campeonato.
Se há um momento que pode ser invocado para assinalar o princípio do fim da boa época que vinha realizando, esse é janeiro, mês em que o avançado contraiu covid-19, infeção que obrigou a uma paragem prolongada e uma perda de ritmo competitivo que só foi interrompida no jogo contra o Nacional, no qual bisou e foi o principal responsável pelos três pontos conquistados.
Antes desse jogo, Pinho lesionou-se num joelho, falhando seis jogos. Após o dérbi disputado na Choupana, voltou a ser chamado por Julio Velázquez em outras três partidas, duas das quais como suplente. Uma entorse num tornozelo sofrida no jogo contra o Rio Ave, da 28.ª jornada, mandou o avançado de volta para os cuidados do departamento médico do Marítimo, onde permanece até à data e sem perspetivas de poder vir a ser chamado para os duelos com o V. Guimarães e Sporting.
Caso este cenário acabe por ser confirmado, o ponta de lança brasileiro vai despedir-se do Marítimo 2020/21 com 21 jogos, 15 golos e 1.507 minutos, um registo assinalável, mas que acaba por ser curto, tendo em conta as expectativas criadas em torno do desempenho que o jogador vinha evidenciando, sobretudo até ao final da primeira volta do campeonato, e que valeu um contrato com o Benfica para a próxima época, revelado também em janeiro.
Por Raul Caires