Cinco lesionados e outros tantos em risco de exclusão disciplinar dificultam foco do treinador do Marítimo em semana que se pensava de trabalho estrutural.Na gíria do futebol diz-se que há ‘boas’ dores de cabeça quando um treinador tem boas soluções para competir pela titularidade. Cinco lesionados e outros tantos à beira da suspensão perfazem facilmente dez ‘más’ dores de cabeça para qualquer equipa técnica.
Que o diga Julio Velázquez, que assim está obrigado a encarar a semana de intervalo na I Liga, devido aos compromissos das seleções, com o pensamento mais dividido em mais frentes do que seria desejável.
Para o próximo embate do campeonato, que terá por palco a casa do Benfica, os verde-rubros têm Bambock, Hermes, Imer, Winck e Zainadine em risco de exclusão disciplinar caso venham a ser admoestados com um cartão amarelo, um jogo em que Rodrigo Pinho e Léo Andrade não vão poder atuar por castigo (completaram série de amarelos no embate com o Famalicão).
Caso o técnico estivesse a pensar em poupanças, tendo em vista o desafio com o Farense, que se segue ao duelo com os lisboetas, as cogitações ficaram mais complicadas tendo em conta o número de lesionados ou jogadores em dúvida, com são os casos de Tim Soderstrom, Pedro Pelágio, Stefano Beltrame, Jorge Correa e, desde esta quarta-feira, Rodrigo Pinho, que sofreu traumatismo no tornozelo esquerdo.
Não se afigura assim nada fácil esta paragem competitiva para a equipa do treinador espanhol, o qual certamente desejaria ter um grupo de disponíveis mais sólido para trabalhar não só as ideias que ainda não teve tempo de passar aos jogadores (chegou há cerca de duas semanas), como também para preparar os duelos importantíssimos que se avizinham.
Por Raul Caires