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Mundial2022: Portugal é a seleção que chega ao Qatar com maior sobrecarga de jogos

JM-Madeira

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Data de publicação
15 Novembro 2022
16:49

A seleção de Portugal, seguida por Brasil e México, é a que chega com maior sobrecarga de jogos ao Mundial de futebol do Qatar, a ter inicio em 20 de novembro, segundo um estudo divulgado hoje pela FIFPro.

O relatório do Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) alerta ainda para o número excessivo de minutos jogados por futebolistas como Vinicius Júnior (Brasil), Sadio Mané (Senegal), Kylian Mbappé (França) ou Son Heun-Min (Coreia).

O documento, que compara o calendário dos jogadores com o dos campeonatos do mundo anteriores, fala da "sobrecarga extrema que alguns jogadores enfrentam, principalmente aqueles que jogam em clubes da Europa e América".

O estudo aponta que o tempo médio de preparação e recuperação para muitos jogadores será de sete a oito dias, cerca de quatro vezes menos do que o normal, e considera que "isso provavelmente aumentará o risco de lesões musculares e stress mental".

Com base na combinação do número de minutos jogados desde o início da temporada de 2021/22 pelos selecionados de cada lista, Portugal é a seleção com maior sobrecarga de trabalho das 32 participantes na prova, seguido por Brasil e México.

Brasil e Portugal enfrentaram uma carga de trabalho combinado de mais de 30 mil minutos desde agosto, mais de 50 por cento a mais do que outras equipas e a seleção portuguesa jogou uma média de 5.200 minutos, o equivalente a 58 jogos completos.

Quanto aos jogadores, o documento observa que o avançado brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid, jogou 72% dos seus minutos em jogos consecutivos de alto risco desde o início da temporada passada, sem descanso no geral, e a sua série mais longa de jogos consecutivos foi 13.

O senegalês Sadio Mané, do Bayern Munique, participou em 93 jogos, um dos números mais altos entre os jogadores presentes no Mundial, e o francês Kylian Mbappe, do Paris Saint-Germain, jogou 11 jogos consecutivos, com menos de cinco dias de recuperação.

A FIFPro observa também que a subcarga de jogos também pode ser um grande problema para muitas seleções de África e da região asiática, como Austrália, Camarões e do anfitrião Qatar.

LUSA

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