A SAD do Marítimo reconheceu hoje que a "decisão de encerrar o projeto Sub-23 é tributária de razões financeiras", tendo perspetivado "uma poupança de 450 mil euros."
Em comunicado publicado no ‘site’ oficial clube, a administração da SAD verde-rubra considera que este valor é "relevante para a realidade que o Marítimo atravessa", ou seja, a equipa principal vai competir na II Liga na próxima época.
A opção de encerrar o projetos dos Sub-23 em vez dos ‘Bês’ foi justificada com o "contexto competitivo muito mais intenso" que é oferecido pelo Campeonato de Portugal (CP), prova que proporciona, na ótica da SAD, "uma realidade mais próxima das Ligas Profissionais".
O CP "apresenta desafios muito específicos, frente a equipas fortes e composta por jogadores com passagens pela I Liga - alguns por campeonatos estrangeiros -, o que proporciona aos jovens futebolistas uma evolução e maturação mais céleres", lê-se no comunicado.
Por outro lado, "caso o Marítimo abdicasse da sua equipa B - conceito com identidade bem vincada e que já caminha para as 3 décadas -, o Clube seria punido com suspensão federativa. Ou seja, o eventual regresso da equipa B passaria, inevitavelmente, por uma caminhada que teria de ser iniciada pelas divisões regionais", o que não acontece no caso da equipa sub-23, que "pode, a qualquer momento, ser reativada".
"Neste momento, o Marítimo conta com 77 jogadores profissionais sob contrato. Para a próxima temporada, as duas equipas profissionais deverão contar com um máximo de 53 futebolistas. O conjunto orientado por Tulipa terá, em cada treino, 20/21 jogadores, aos quais se juntam, caso o treinador assim o entenda, alguns jogadores liderados por Nélson Jardim, técnico que se mantém aos comandos da equipa que compete no Campeonato de Portugal", explica-se na mesma nota.
"A redução de ativos implica escolhas difíceis, jamais perfeitas, mas as decisões impõem-se. O Marítimo procura, por isso, encontrar a melhor fórmula para a sustentabilidade das suas equipas profissionais, mas sem descurar os interesses dos atletas que, em função da conjuntura, terão de prosseguir as suas carreiras ao serviço de outros emblemas", conclui o comunicado.
Redação